A saída dos secretários especiais Salim Mattar e Paulo Uebel, há 10 dias, intensificou um antigo debate dentro do governo e na opinião pública: o ministro da Economia, Paulo Guedes, também estaria de saída?
O próprio Guedes vem deixando transparecer sua insatisfação com o que tem chamado de “os fura-teto” do governo. São pessoas próximas ao presidente Jair Bolsonaro que têm defendido cada vez mais abertamente que o governo fure o teto de gastos não só durante a pandemia do coronavírus, mas também em 2021. A lógica é lançar um grande pacote de infraestrutura e ainda manter algo do auxílio emergencial de 600 reais lançado durante a pandemia.
Guedes é abertamente contra as medidas, e tem aliados de peso neste debate, como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O ministro chegou a dizer que, caso Bolsonaro insistisse na em ampliar os gastos, corria risco de impeachment, assim como a ex-presidente, Dilma Rousseff. Mas numa live transmitida na quinta-feira Bolsonaro admitiu que há o debate sobre furar o teto no governo, e ainda disse que não vê problema nisso.
Neste domingo, o colunista Josias de Souza, do UOL, afirmou que o relacionamento entre Guedes e Bolsonaro “trincou”. “O presidente não perdoa o titular da pasta da Economia ter jogado no ventilador o debate interno sobre gastos públicos”, afirma o colunista. Bolsonaro ainda teria se irritado com o uso do termo “impeachment” e “já não exclui a hipótese de substituir Guedes” (...)
Ponto de Vista: Já diziam os mais antigos, que política é a arte de saber articular; em cima disso, notamos que o presidente acerta em algumas atitudes e erra em outras.
Se quer que não haja vetos em suas decisões, que saiba ou aprenda articular. Na política, não se ganha nada sozinho. Se o Guedes sair, acredito que a economia do país, sofrerá
algum tipo de alteração, pois ninguém trabalha igual a ninguém e diante disso, o caminho que estava certo, pode mudar. Enfim...
drykarretada