O tom entre parlamentares do Partido Liberal (PL) e o governador de São Paulo (SP), Tarcísio de Freitas (Republicanos), durante a reunião da legenda nesta quinta-feira (6) foi de divergência. Em discussão sobre a votação da reforma tributária, Tarcísio foi recriminado ao defender um ponto de vista diferente ao do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Enquanto Bolsonaro manifesta-se contra o texto, o governador de São Paulo passou a defender a proposta depois de negociar alterações com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Na avaliação de Tarcísio, a direita não pode perder a narrativa de apoiar a reforma tributárias. “Por que, se não, a reforma acaba sendo aprovada e quem aprovou?”, disse. Segundo ele, “a grande questão é construir um bom texto”. Nesse momento, o governador foi interrompido por Bolsonaro, que declarou que “se o PL estiver unido, não aprova nada”. Tarcísio afirmou ainda que não estava “defendendo” a votação do texto no mesmo dia. Apesar de receber aplausos, houve também contestações. Também presente no evento, o deputado federal (PL-SP) atacou o governador de São Paulo diretamente. De acordo com o ex-ministro, Freitas “não representa a direita brasileira”, afirmou ainda que “se tem um lugar no Brasil hoje que não tem um governo de direita, é o governo de São Paulo”. “Então não venha aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Nós temos as nossas próprias convicções, nós temos os nossos próprios princípios e muitos de nós tem pelo presidente Bolsonaro uma lealdade verdadeira”, afirmou. Salles defendeu que “ser de direita” não é um discurso, “é uma conduta”. “Não vem aqui dizer, colocar faixa de representante da direita, porque não é. Temos nossas próprias convicções, próprios princípios. Nós não queremos e não seremos representados por alguém que se diz de direita e depois, na hora de governar o Estado para o qual foi designado pelo presidente, não governa como alguém de direita. Acabou essa brincadeira”, afirmou.
Drykarretada!