O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que a tarifa de apenas 10% imposta pelos Estados Unidos sobre exportações do Brasil e de países do Mercosul foi uma concessão feita graças à sua “excelente relação pessoal” com o presidente dos EUA, Donald Trump. Milei afirma que sua amizade com Trump foi determinante para evitar tarifas mais altas, que poderiam chegar a “35%, além de sanções econômicas”.
“Colocaram 10% para nós, gerava um desvio de comércio, estenderam para o Mercosul, e quando viram quanto o Mercosul pesava dentro da América do Sul, colocaram 10% para todos”, declarou o presidente argentino em entrevista ao canal Neura, dando a entender que foi sua influência com Trump que forçou os EUA a suavizar as sanções comerciais.
O apresentador Alejandro Fantino chegou a sugerir que o Brasil deveria agradecer à Argentina por ter escapado de tarifas mais duras. Milei, sorrindo, assentiu: “Digamos que sim”. A fala reforça o desgaste do Mercosul, tratado por Milei como uma estrutura “ultrapassada e prejudicial à liberdade econômica dos países”. Mesmo assim, o presidente reconheceu que uma punição mais severa ao Brasil poderia gerar efeitos colaterais na economia argentina. Em resposta à medida de Trump, Milei afirmou que já adequou 15 das 16 normas exigidas pelos EUA para alinhar a economia argentina às práticas comerciais mais modernas, mostrando agilidade e compromisso com uma nova era de comércio e competitividade.
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