O enviado das Organização das Nações Unidas (ONU) para a Síria, Geir Pedersen, afirmou neste domingo (8) que o novo momento político do país, com a queda do ditador Bashar al-Assad, marca o fim de “um capítulo sombrio”. Pedersen destacou ainda que a ação abre caminho para “uma esperança cautelosa por um novo tempo de paz, reconciliação, dignidade e inclusão para todos os sírios”. Neste domingo, rebeldes sírios tomaram controle do país e expulsaram o ditador Bashar al-Assad. O tirano foi forçado fugir, pondo fim ao regime autocrático da família Assad, que durava mais de 50 anos. Geir Pederson, classificou o momento atual como decisivo para o país, após quase 14 anos de guerra e sofrimento.
“Essa fase renovou a esperança dos sírios, incluindo o sonho de voltar para casa, o desejo de reencontrar familiares separados e a busca por justiça para aqueles injustamente detidos”, ponderou. Pederson pediu que todas as partes envolvidas no processo político da Síria evitem o derramamento de sangue e iniciem uma transição inclusiva, que envolva todas as comunidades do país, com foco na paz, estabilidade e na preservação da integridade territorial.
O enviado da ONU também fez um apelo para que os grupos armados ajam dentro da lei, mantenham a ordem pública, protejam os civis e preservem as instituições. No entanto, mencionou o desafio representado pelo grupo Hay’at Tahrir Al-Sham (HTS), listado como organização terrorista, que pode dificultar a implementação de uma transição pacífica e democrática. Após reuniões com representantes do Irã, Turquia e Rússia em Doha, Pederson reiterou a necessidade de acordos de transição que incluam todas as comunidades sírias e ressaltou o apoio das Nações Unidas a esse processo.
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