O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi alvo de críticas do ditador nicaraguense Daniel Ortega nesta segunda-feira, 26, durante a cúpula da Alternativa Bolivariana para os Povos de Nossa América (ALBA). Ortega, que já foi aliado de Lula, acusou o líder brasileiro de agir como um “puxa-saco” dos Estados Unidos e de tentar se tornar o representante dos interesses americanos na região. Segundo matéria da Folha de S.Paulo, Ortega desaprovou a postura de Lula em relação às eleições na Venezuela, afirmando que o presidente brasileiro envergonha o país ao sugerir a repetição do pleito, uma posição rejeitada tanto pelo regime de Nicolás Maduro quanto pela oposição. O ditador nicaraguense ainda mencionou escândalos de corrupção que marcaram os governos de Lula. A relação entre os dois líderes, que foi próxima no passado, deteriorou-se ao longo do tempo, especialmente após a expulsão do embaixador brasileiro da Nicarágua, em resposta ao congelamento das atividades da embaixada brasileira em Manágua.
Ortega é um ditador?
Daniel Ortega, presidente da Nicarágua, consolidou sua imagem como ditador através de uma série de ações autoritárias e repressivas ao longo de seus mandatos. Em 2018, seu governo reprimiu violentamente protestos contra uma reforma da seguridade social, resultando em centenas de mortes, prisões arbitrárias e torturas, como documentado por diversas organizações de direitos humanos. Ortega manipulou o sistema judicial e legislativo da Nicarágua para consolidar seu poder. Ele dividiu a Suprema Corte com aliados e controlou as principais instituições do país, enfraquecendo a separação de poderes e minando a democracia. O governo de Ortega também promoveu a prisão e o exílio de opositores políticos. Muitos líderes da oposição foram presos ou forçados a deixar o país, enquanto a liberdade de imprensa e expressão foi severamente restringida. Além disso, o governo de Ortega cometeu crimes contra a humanidade, incluindo execuções extrajudiciais, detenções arbitrárias e tortura, conforme relatado por organizações internacionais, como a Comissão Interamericana de Direitos Humanos. Ortega destruiu o espaço cívico e democrático na Nicarágua, controlando as autoridades dos poderes legislativo e judiciário, o que limita a capacidade de oposição política e a liberdade de organização. Essas ações levaram a comunidade internacional a condenar o regime de Ortega, com muitos países e organizações exigindo sanções e ações legais contra seu governo.
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