No Peru, protestos contra o governo de Dina Boluarte deixaram mais de 40 mortos e pelo menos 50 feridos desde a noite da última quinta-feira, 19. Diversos apoiadores do ex-presidente Pedro Castillo, deposto depois de tentar dissolver o Congresso, entraram em confronto com a polícia. A onda de violência tem se espalhado por todo o país. Em Lima, na capital, cerca de 3,5 mil pessoas marcharam de diferentes pontos da cidade em direção ao Palácio da Justiça. A polícia dispersou o grupo com gás lacrimogênio. O objetivo dos agentes era impedir a invasão do Congresso. Houve um incêndio em um prédio histórico na Praça San Martín. Era uma mansão de quase um século, e sua destruição foi caracterizada pelas autoridades como “a perda de um bem monumental”. Segundo o ministro do Interior, Vicente Romero, o ato foi “devidamente planejado e arranjado”. Na sexta-feira 20, protestos foram registrados em Lima. Na região de Puno, aproximadamente 1,5 mil pessoas atacaram uma delegacia na cidade de Ilave. Uma outra delegacia, na cidade de Zepita, foi incendiada. Neste sábado, 21, o governo peruano decretou o fechamento da entrada para a cidade histórica de Machu Picchu. Não há prazo para a retomada. As autoridades alegam motivos de segurança, diante da crescente onda de protestos no país.
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