De John Kirchhofer
Em 1971, ganhei uma bolsa para estudar nos USA. Fui a um Seminário sobre desenvolvimento econômico na Harvard University. Em um encontro com um professor, eu fiz uma simples pergunta a ele: Qual o principal fator (citando apenas um), para explicar a diferença do desenvolvimento Norteamericano e o Brasileiro, ao longo dos 500 anos de descobrimento de ambas as nações? O então mestre sentenciou sem titubear : A Justiça!!! Explicou ele, em poucas palavras, que a Sociedade só existe e se desenvolve fundamentada em suas leis e em sua igualitária execução. A Justiça é o solo onde se edifica uma Nação e sua cidadania. Se pétrea, permitirá o soerguimento de grandes Nações. Se pantanosa, nada de grande poderá ser construído. Passados quase 50 anos deste aprendizado, a explicação continua cristalina e sólida como um diamante. Sem Lei e sem Justiça, não haverá uma grande Nação. Do pântano, florescerão os direitos adquiridos e as impunidades para os poderosos. Daí se multiplicarão as ervas daninhas da corrupção que, por sua vez, sugarão a seiva vital que deveria alimentar todas as folhas que compõem a Sociedade. Como resultado, abrir-se-á o abismo da desigualdade, que gerará a violência e a tensão social. Nesse ambiente de pura selvageria, os mais fortes esmagarão os mais fracos, e o resultado final será o pântano, que se tornará praticamente inabitável. As riquezas fugirão, sob as barbas gosmentas da Justiça paquiderme, para outras nações. Os mais capazes renunciarão à Cidadania em busca por terras onde a Justiça garanta o mínimo desejado para todos e onde a Lei seja igual para todos!!! Esta é a realidade presente e a verdade inegável do pântano chamado Brasil! Minha geração foi se esgotando na idiota discussão entre Esquerda e Direita e ainda continua imbecilizada na disputa entre nós e eles, criada pelo inculto Lula e seus séquitos. Não enxergaram um palmo à frente do nariz sobre a essência da Democracia. Os cidadãos deixaram-se comprar por pixulecos, carros, sítios e apartamentos. Não sei quantos jovens lerão este texto e terão a capacidade de interpretar e aprofundar a discussão. Aos meus quase 70 anos, faço o que está ao meu pequeno alcance.
Drykarretada!