O que vai ler, a seguir, é uma história que, possivelmente, até já conhece. Apenas a sintetizei e, como se costuma dizer, qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência… Então, é assim. Um professor de Economia, numa universidade norte-americana, orgulhava-se de nunca ter reprovado nenhum aluno, até ao dia em que foi obrigado a reprovar uma turma inteira. Instigada por alguns, a turma insistia na tese de que o socialismo pode funcionar normalmente e mesmo com êxitodesde que haja um governo assistencial que medeie a distribuição da riqueza de modo a que ninguém seja rico nem pobre, mas todos iguais… Embora discordando dos alunos, o professor aceitou o desafio desde que lhe demonstrassem que, na prática, isso funcionava. Como não se podia fazer a experiência com o país, a fizessem com a turma; em vez do dinheiro, usassem a nota, calculada a partir da média que a turma obtivesse. Esta passaria a ser igual para todos e, por isso, justa, mas com uma condição: se a experiência falhasse e a economia da nota entrasse em bancarrota, sujeitavam-se a reprovar todos… A turma aceitou o desafio e pôs mãos à obra.
1.No 1.º teste, ao fim do 1.º período, depois de calculada a média das diversas notas obtidas na turma, foi atribuído a todos o nível B. Claro que quem estudou mais não ficou contente com isso; mas, os que pouco ou nada estudaram ficaram satisfeitos com o resultado… No 2.º teste, os que no 1.º período tinham ficado desiludidos com a nota porque se tinham esforçado e a nota não correspondeu ao seu esforço, deixaram de se esforçar tanto; e os que tinham trabalhado pouco continuaram na mesma, convencidos que a média não ia baixar porque havia sempre a mais-valia dos que estudavam mais para compensar as notas mais fracas e todos iriam continuar a ter o mesmo nível. Só que isso não aconteceu… E o resultado foi que a média da turma baixou e passaram todos a ter apenas o nível D.
No 3.º e último teste, com esse clima geral de desentendimento e desinteresse pelo trabalho, embora por razões diferentes, a nota média da turma caiu ainda mais, ficando todos com o nível F. Aí, estalou o descontentamento geral, o ambiente tornou-se agressivo entre os que eram a favor e os que eram contra, ninguém se entendia, ninguém mais estudou, puseram essa cadeira de lado…E temia-se o pior: que a turma inteira reprovasse… E foi o que aconteceu. O professor reuniu os alunos e disse-lhes que não tinha outra hipótese senão reprovar a turma inteira, porque falharam a demonstração prática da sua teoria económica igualitária. A moeda (nota média da turma) começou em nível positivo enquanto houve alguns que se esforçaram por alcançar uma boa classificação, compensando assim com a sua mais-valia a nota fraca dos que pouco estudaram; mas, quando esses viram que o seu esforço lhes era confiscado em favor dos que tinham menos, então deixaram de se esforçar tanto… A moeda da turma foi-se desvalorizando até ao nível negativo e o sistema entrou em falência… Portanto, a turma inteira reprovava.
Nesta experiência, disse ele, faltaram elementos essenciais ao funcionamento da sociedade:
1.1.Só se deu valor ao colectivo e ignorou-se o individual (ora, o colectivo só existe a partir do individual e para ajudar o individual).
1.2.Não se recompensou o esforço de quem estudou mais e foi-lhe confiscada a mais-valia que conseguiu para dar aos que pouco se esforçaram… Assim, eles decidiram que não valia a pena estarem a sacrificar-se, porque o lucro do seu esforço (a boa nota) era-lhes confiscado, ficando todos com uma nota mais baixa e igual, merecida ou não. Deixou de haver estímulo pessoal para lutar por boa nota, deixou de haver reconhecimento do mérito pessoal, deixou de haver recompensa do esforço pessoal…
1.3.Procurou-se elevar o mais pobre apenas à custa de tirar ao mais rico, em vez de se procurar criar condições de justiça social e igualdade de oportunidades para que cada um conseguisse o melhor que pudesse com o seu esforço, o seu trabalho e o seu mérito, procurando assim ir esbatendo progressivamente as desigualdades. E esqueceram-se também que, para que se dê a quem não trabalha tem que se tirar aos que trabalharam… Porque o Governo não dá nada a ninguém… O Estado não produz nada, nem é essa a sua função: ele apenas tira a quem ganha mais para ajudar os que precisam mais. Se essa distribuição for justa e solidária, está bem; se for apenas para beneficiar quem nada faz ou para manter a máquina de poder e dar aos amigos de grupo, então não é legítima, porque a riqueza não é do Governo, mas do povo que a criou…
1.4. A riqueza não cresce dividindo-a, mas estimulando-a a crescer. Todos concordam com um Estado regulador do bem comum que estimule a produção de riqueza e a sua justa distribuição, proteja os direitos dos cidadãos e garanta o bem-estar e segurança de pessoas e bens; mas, recusam um Estado-patrão que se apodere do rendimento de quem trabalha, através de elevados impostos (a via fiscal parece ser a nova estratégia da esquerda neomarxista para tornar tudo igualitário) e, depois, distribua umas migalhas aqui e ali, dizendo que fez maravilhas com o dinheiro dos outros.
Ponto de Vista: Se você entender que cada letra (nota) corresponderia simultaneamente, ás notas 8, 5 e 3, a média da turma desta universidade com este pensamento seria 5,3. Portanto, reprovação geral caso a média de aprovação fosse 6 ou 7. Assim, seria e é com algumas sociedades pelo mundo afora.
Drykarretada!