O Sindicato dos Policiais Civis da Bahia (Sindpoc) e o Sindicato dos Jornalistas do Estado (Sinjorba) emitiram notas relacionadas a neutralização do soldado Wesley Soares, ocorrida na tarde deste domingo (28) no Farol da Barra, em Salvador.
As entidades repudiaram a ação de neutralização adotada pela PM-BA e lamentaram o episódio. Para o Sindipoc, o PM estava visivelmente em “surto psicótico e não oferecia nenhum risco a terceiros, cabia aos negociadores do Bope o isolamento do local”.
“Esse episódio do surto do PM denúncia as péssimas condições de trabalho imposta aos trabalhadores, falta de valorização salarial, excesso de cobranças por produtividade e operações, além de uma exposição a pandemia do Covid-19 dos Profissionais de segurança pública, inimaginável que abalam o emocional do policial que vive o medo de ser contaminado e levar para o seu lar”, acrescenta.
O Sindijorba condenou o comportamento de policiais envolvidos na ação. Em um determinado momento, um PM chegou a disparar para o alto para interromper o trabalho da imprensa no local. “Não havia qualquer necessidade de integrantes da PM agirem de forma agressiva e ameaçadora contra repórteres, cinegrafistas e fotógrafos”.
Ponto de Vista: Muito complicado. Acredito que a PMBA deveria saber da situação deste policial e não deu a devida atenção ou não. Fato é que numa situação de gerenciamento de crise como esta de ontem, o negociador precisa do tempo como seu aliado demore o que for mas a atitude não deveria ser aquela. Com muita paciência se resolveria. Lembram do caso da drogaria Santa Marta no DF? Entendo que são casos diferentes porém o tempo foi crucial para o desfecho e por aí vai...O que não fazer numa situação de surto psicótico? Segundo especialistas, a pessoa não pode ser confrontada, evite objetos perigosos (não foi o caso de ontem pois o pm estava com uma arma longa) e não hesite em procurar a devida ajuda especializada; detalhe, geralmente estas pessoas pedem a imprensa, família, choram e, nisso o especialista ou negociador ganha a confiança da pessoa em surto e evita uma desgraça. Infelizmente não foi o que ocorreu ontem. As PMS do Brasil sofrem com o descaso de seus governos. Sofrem com a saúde que não têm. Sofrem com a falta de valorização. Sofrem por não terem um plano de carreira e um salário digno.
Sofrem politicamente, pois todos os políticos covardes não gostam da polícia. Enfim, fora os problemas pessoais que todos os policiais assim como qualquer cidadão têm. Assim fica difícil buscar uma base central onde o ser humano não venha "explodir". Ontem foi com o Wesley. Quem garante que por esse Brasil afora, não tenham outros Wesleys com o mesmo problema e o Estado dando de ombros?
Drykarretada!