Exatamente 14 dias após o ápice das aglomerações promovidas pelas festas de final de ano, o Brasil atravessa seu pior momento desde o início da pandemia da Covid-19.
Só nesta semana, o país bateu duas vezes o recorde da média móvel de casos — indicador que acompanha a variação do número de casos da doença através da média dos últimos 7 dias.
Na terça-feira (12), a média móvel ultrapassou pela primeira vez a faixa dos 54 mil casos diários. Já nesta quinta (14), a média móvel de casos de Covid-19 bateu um novo recorde, chegando a 56 mil novas infecções em média por dia.
Em óbitos, a média móvel é de 1.000 mortes diárias, uma variação de 14% na comparação com as últimas 2 semanas.
A taxa de transmissão, que mede a velocidade com que a doença se espalha, subiu para 1,21, informou o levantamento do Imperial College de Londres, divulgado na terça-feira (12). Isso significa que cada 100 pessoas contaminadas pela Covid-19 no país podem transmitir a doença para outras 121.
No levantamento anterior, de 5 de janeiro, o índice estava em 1,04. Em novembro, a taxa de transmissão chegou a 1,30, a maior desde o fim de maio.
Nos estados e, principalmente, nas capitais, a situação é caótica.
Oito das 27 unidades da federação têm mais de 80% das UTIs (Unidade de Terapia Intensiva) ocupadas. Todas as regiões brasileiras possuem ao menos um estado em situação crítica de vagas.
São Paulo registrou um aumento de 19% nas internações nas últimas duas semanas. Por conta disso, decidiu antecipar em 21 dias a reclassificação das regiões e deverá endurecer as regras da quarentena em algumas delas.
Na cidade do Rio de Janeiro, a ocupação de UTIs públicas tem variado em torno de 90% nos últimos dias. Em Belo Horizonte, com as taxas de ocupação da UTI oscilando em torno de 85%, o prefeito Alexandre Kalil (PSD) decretou novamente fechamento do comércio, sob fortes protestos.
A região Sul do país também possui dois estados com altas taxas de ocupação de UTIs para Covid-19: Paraná, com 81%, e Santa Catarina, com 80%.
Contudo, é o Norte do país que tem a pior situação: Amazonas tem 93% das UTIs ocupadas, Rondônia, 85%, e o Amapá, 81%.
O Brasil presenciou nesta quinta (15) o “cenário de terror” em Manaus.
Com o sistema de saúde em colapso, dezenas de pacientes morreram asfixiados por desabastecimento de oxigênio, enquanto profissionais de saúde esgotados realizavam à exaustão as manobras de ventilação usando as próprias mãos(...)
Ponto de Vista: A conta chegou. Muita gente pagou para ver. Isso não deveria ocorrer mas infelizmente ocorreu. O pior de tudo é a velocidade da transmissão. Nossa!
Drykarretada!