Então, é Natal! E com ele, além da chegada do tradicional clima fraterno entre os familiares e da uva passa que a tia coloca no arroz, é comum encontrarmos em supermercados e cestas de finais de ano o chester. Mas, você viu algum e sabe qual é sua diferença para o frango e para um tender, por exemplo?
Pois bem, diversas teorias da conspiração dizem que o chester é um peru geneticamente modificado. Outras, que sequer ele existe de fato, sendo apenas uma ave mais corpulenta que o comum por excesso de grãos dados em sua alimentação. Tem até quem acredite que é alienígena ou que sequer tem pescoço. Bobagem!
Quanto à segunda teoria, tratamos de desmenti-la com a imagem acima. A foto foi divulgada pela Perdigão, importadora do chester e que patenteou seu nome (como vamos explicar abaixo) e mostra a ave, que é um pouco mais corpulenta, principalmente no peito, em relação a um frango ou peru normal. Em relação ao restante, vamos sanar suas dúvidas abaixo. Vem conosco!
O QUE É CHESTER?
Nada de ave alienígena ou geneticamente modificada. O chester é uma ave especial, da espécie Gallus Gallus, e foi selecionada ao longo dos anos para garantir um alto rendimento do peito, parte mais nobre do animal, como explica o gerente de genética da Perdigão, Rodrigo Torres.
Até mesmo seu nome foi abrasileirado, pois chester vem da palavra inglesa “chest”, que significa peito (parte mais nobre da ave).
O chester foi importado pela empresa dos EUA para o Brasil em 1979, chegando às mesas dos brasileiros três anos depois. Por não ser nativa de terras tupiniquins, passou a ser alvo de diversas teorias da conspiração enquanto as famílias se deliciavam na ceia de Natal.
COMO É O PROCESSO DE CRIAÇÃO DE UM CHESTER?
Porém, obviamente, o chester tem um processo de criação distinto, tendo início nos meses de fevereiro e março para chegar à mesa dos consumidores no Natal. A ave é abatida com peso maior se comparado ao de outras da mesma família.
Ah, esse modo “distinto” não quer dizer necessariamente que a ave recebe hormônios e anabolizantes para acelerar seu desenvolvimento. “Não administramos hormônios, é proibido por lei”, pontua Torres.
Segundo ele, essa diferença está no processo de alimentação, que ajuda no desenvolvimento da ave. “O que garante o diferencial e a qualidade é o longo processo de seleção das aves, a nutrição balanceada com ingredientes de qualidade, e a criação em condições controladas, para assegurar o bem-estar das aves e o perfeito desenvolvimento das características apreciadas pelos consumidores”, finaliza Torres.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE CHESTER E PERU?
Quase tudo, basicamente. Chester e peru não têm quase nenhuma semelhança, a não ser por serem duas aves e participarem ativamente da ceia de Natal brasileira.
Chester e peru são animais de espécies diferentes: enquanto o chester é uma ave que se assemelha a um frango, mas bem maior e com mais peito, o peru é uma ave mais robusta.
Até mesmo na textura da carne se diferem. A do peru é mais rígida e seca, enquanto o chester tem mais suculência.
QUAL A DIFERENÇA ENTRE O FRANGO E CHESTER?
Então, podemos dizer que todo chester é uma espécie de frango, mas que o contrário não se aplica.
Essa espécie da ave possui cerca de 70% da carne concentrada no peito e nas coxas, o que a faz ser duas vezes maior que um frango comum, segundo a Perdigão.
O QUE É TENDER?
Agora, se tem uma diferença gritante é entre chester e tender (apesar de ambos serem muito apreciados no Natal). Afinal, enquanto um é ave, o outro é simplesmente uma peça de pernil suíno cozido e defumado.
Drykarretada!