Novas imagens da sala onde dois jovens brasilienses estão “detidos” na imigração do Aeroporto Internacional La Aurora, na Guatemala (América Central) mostram que outros passageiros já ficaram presos no local. Nas paredes, há mensagens de diferentes pessoas com as possíveis datas em que chegaram ao país. João Vitor de Sousa e Lucas Alves, ambos com 25 anos, estão sem conseguir sair do terminal desde 15 de novembro.
A sala em que estão com outras 11 pessoas, segundo imagens, é suja e repleta de insetos, como baratas. Nas paredes, há mensagens em diversos idiomas. Uma delas, escrita em inglês, mostra que uma pessoa ficou “presa” 20 dias na imigração. “Eu terminei meus 20 dias aqui. Hoje eles aceitaram meu pedido”. Segundo o relato, a pessoa ficou na imigração de 27 de agosto a 12 de setembro. Outro recado traz o nome de um homem com a frase “esteve aqui” e a data de 24 de abril deste ano. Veja as imagens da sala
Presos na imigração
O engenheiro de software João Vitor de Sousa e o estudante de análise e desenvolvimento de sistemas Lucas Alves contam que foram barrados por uma suposta inconsistência nas informações prestadas durante o procedimento de imigração. Lucas e João Vitor iriam visitar a Guatemala com outros dois amigos. Três deles saíram de Brasília, enquanto o quarto amigo embarcou em João Pessoa (PB), todos na sexta-feira (15/11). Apenas Lucas e João foram barrados e já estão há quatro dias na imigração do país sem perspectiva do que poderá acontecer.
Os jovens questionam o motivo de terem sido barrados ao mesmo tempo em que os outros dois amigos conseguiram ingressar. “A única justificativa que deram para deter a gente foi inconsistência nas informações, o que, para nós, não faz muito sentido. Respondemos as mesmas perguntas, até porque iríamos para os mesmos lugares, fazer os mesmos passeios”, contou. Lucas alega que o consulado do Brasil na Guatemala se nega a mandá-los de volta para o Brasil porque essa missão seria da companhia aérea. Os jovens, porém, não conseguem contato com a empresa.
Nesta quarta-feira (20/11), Lucas relatou ao Metrópoles que outros passageiros passaram pela sala depois deles e já conseguiram ir embora. “Nosso advogado contatou um advogado guatemalteco para tentar resolver a situação judicialmente”. Segundo ele, apesar de haver voos previstos para Brasília, a companhia aérea segue com o posicionamento de que não há a possibilidade de encaixar João e Lucas em um avião. ” Sinceramente, não sei qual será o resultado”, desabafou Lucas. “Tem crianças e bebês aqui na mesma situação”.
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