As secretarias de Saúde (SES-DF) e de Educação (SEEDF) iniciaram nesta sexta-feira (4), no Centro de Ensino Fundamental (CEF) 25, em Ceilândia, as ações preventivas contra a dengue nas escolas públicas. O objetivo é, antes mesmo do início do período chuvoso, conscientizar alunos e funcionários sobre como evitar a proliferação do Aedes aegypti, mosquito transmissor da doença. Para a secretária de Saúde, Lucilene Florêncio, a mobilização no ambiente escolar é fundamental: “Estamos em um lugar onde formamos cidadãos e multiplicadores. Vamos fazer isso nas quase 800 escolas do Distrito Federal”, garante. Por meio de atividades didáticas e lúdicas, os estudantes recebem informações sobre os cuidados necessários. “O mais importante é ser uma ação preventiva. Desafiamos os alunos para que sejam os nossos fiscais”, acrescenta a secretária de Educação, Hélvia Paranaguá. O subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, destaca que as crianças dessa faixa etária conseguem absorver a informação e repercutir com a família: “Elas levam para casa orientações verdadeiras, baseadas na ciência”, explica. A ação nas escolas é uma das estratégias previstas no plano de contingência às emergências em saúde pública por dengue, chikungunya e zika para o período entre 2024 e 2025.
Aprender e multiplicar
A estudante Sarah Castro Alves, de 13 anos, fez um poema sobre a dengue e apresentou à secretária de Saúde, Lucilene Florêncio
Por meio de palestras a estudantes da rede pública, a ação pretende aumentar a conscientização dos brasilienses sobre a eliminação de criadouros do mosquito transmissor da dengue. Também será promovida aos alunos a atividade “Verdade ou Fake News”, conduzida por Laís Cardoso, da Gerência de Atendimento e Apoio à Saúde do Estudante (Gease) da SEEDF. “Registramos 189 escolas inscritas no primeiro semestre para receber as ações de prevenção. Na educação infantil, oferecemos teatro e músicas educativas às crianças. Para o ensino fundamental e o ensino médio, são palestras ilustrativas. Dessa forma, os alunos levam essa informação para casa, agindo como multiplicadores no combate à dengue”, explica Laís.
Na ação de hoje, no CEF 25, equipes de agentes de Vigilância Ambiental em Saúde (Avas) apresentaram detalhes sobre a dengue. Houve ainda a distribuição de panfletos e de sacolas para a coleta de materiais que possam servir de criadouros às larvas do mosquito. Considerando que a maioria dos alunos está na faixa etária prevista para a vacinação contra a dengue, de 10 a 14 anos, o encontro serviu também para incentivar a imunização. Depois das apresentações, foi promovida a Expedição Lixo Zero, em que agentes comunitários de saúde (ACS) convidaram representantes da comunidade escolar para acompanhá-los em busca de potenciais lugares que poderiam abrigar focos da dengue. A ideia é que essa ação seja replicada também na vizinhança da escola, promovendo a prevenção da dengue no próximo período de chuvas. A adesão às ações propostas foi grande. Aluna do 8º ano, a estudante Sarah Castro Alves, 13, fez um poema sobre a dengue. Ela conta que o pai, diabético, ficou doente e isso a fez perceber a gravidade do problema. “O texto é a minha forma de expressar essa preocupação”, revela. Já a estudante do 6º ano Ketlin de Souza, 13, diz já estar engajada. “Conheço muita gente que teve dengue. Por isso, já tirei um pneu e alguns vasos que poderiam acumular água na minha casa”, assegura.
*Com informações da SES-DF
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