Em depoimento à polícia, a ex-namorada de Rivadávio Fernandes Batista de Amorim, 45 anos, professor de patologia clínica do Departamento de Medicina da Universidade de Brasília (UnB) acusado de agredi-la, relatou que o docente a ameaçou de morte com uma faca. A violência ocorreu dia 21/7, em Taguatinga Norte. A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam) investiga o caso. Os dois voltavam para o apartamento do educador, em Taguatinga, por volta das 9h, e o episódio teria sido motivado por ciúmes. “Um morador do condomínio que eu não conhecia nos cumprimentou e comentou sobre o tempo naquele dia, e eu respondi educadamente. Quando entramos na casa dele, ele falou que não tinha gostado e começou a agir agressivamente”, detalha. Segundo a mulher, Rivadávio começou a xingá-la, chegou a puxar os cabelos dela e ameaçou matá-la com uma faca. Em determinado momento, o professor furou um colchão com a faca e prendeu a vítima em um dos quartos. “Ele ainda me mordeu, me chutou e me bateu. Depois, me trancou com o ar-condicionado na temperatura mais fria e quebrou meu celular. Foi horrível, não tive como pedir ajuda a ninguém”, lamenta a ex-namorada do docente. O casal estava sozinho no imóvel do agressor, e a violência perdurou até o fim da tarde daquele dia. Depois de muito tempo, o professor da UnB expulsou a mulher da casa dele, momento em que ela conseguiu pegar suas coisas e sair do local. “Antes de estragar meu aparelho, ele apagou todos os meus arquivos. Não consegui recuperar nada. Antes de sair, ainda o avisei que iria a uma delegacia para denunciá-lo. Debochado, ele me disse: ‘Se você for na delegacia, vou te matar’”, relata a mulher.
Medida protetiva - No dia seguinte, com o apoio das duas filhas, a vítima tomou coragem e foi à Delegacia Especial de Atendimento à Mulher II (Deam), em Ceilândia. “É uma vergonha horrorosa. Tenho medo de sair de casa, não consigo andar na rua mais”, revela. Após o registro da ocorrência, a ex-namorada do professor foi encaminhada ao Instituto de Medicina Legal (IML) em virtude das agressões físicas. Além disso, o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) concedeu medidas protetivas de urgência no âmbito da Lei Maria da Penha para a mulher e as filhas dela. “Você não espera nunca que uma pessoa que conhece há mais de 26 anos e que dorme com você vá cometer algo como o que ele fez. Era só falar que não queria mais manter o namoro”, pondera a vítima.
Drykarretada!