A Justiça do Rio não conseguiu intimar a deputada federal Flordelis do Santos de Souza sobre a decisão determinando que ela seja monitorada por tornozeleira eletrônica . Segundo informações do processo, às quais o GLOBO teve acesso, um oficial de Justiça foi até a casa da parlamentar nesta terça-feira (22) em Pendotiba, Niterói, mas ela não estava no local.
A juíza Nearis dos Santos Carvalho Arce, da 3ª Vara Criminal de Niterói, determinou então que Flordelis seja intimada da decisão em Brasília, no Distrito Federal. Nessa terça-feira, Flordelis estava em seu apartamento funcional na capital federal, onde foi ouvida pelo corregedor da Câmara dos Deputados em processo disciplinar aberto contra ela. A parlamentar é acusada de ser mandante da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.
A decisão para que Flordelis use tornozeleira eletrônica e fique em recolhimento domiciliar noturno (das 23h às 6h) foi dado por Nearis na última sexta-feira. A magistrada determinou que a Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) do Rio seja intimada para colocação da tornozeleira com urgência, mas a pasta informou ao GLOBO que Flordelis é quem deve se apresentar para a instalação do equipamento.
No entanto, na decisão judicial de sexta-feira e no mandado de intimação de Flordelis não consta o prazo para a deputada se apresentar à Seap e instalar a tornozeleira. A assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça informou ao EXTRA que isso deve acontecer 48 horas após a intimação da deputada, mas não esclareceu onde consta tal prazo.
O advogado de Flordelis, Anderson Rollemberg, informou nessa terça-feira ao EXTRA que sua cliente só vai se apresentar à Seap após o julgamento do habeas corpus no qual os advogados tentam derrubar a decisão judicial determinando a instalação do equipamento na parlamentar.
Os advogados entraram com o habeas corpus ontem, na 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio, mas ainda não houve decisão.
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