Mineiro de Durandé, na Zona da Mata, trabalhador, alegre, em seus 102 anos de idade criou 12 filhos, tem 22 netos, 25 bisnetos, dois trinetos... A simples trajetória de vida de Raimundo Leonardo de Oliveira – seu Mundico, para os mais próximos –, já tem capítulos suficientes para uma grande história. Mas ela fica ainda maior quando se sabe que, além de superar todas as adversidades do dia a dia em sua existência mais que centenária, seu Mundico enfrentou – e venceu – simplesmente os dois maiores inimigos que a saúde pública mundial encarou até aqui em dois séculos: a gripe espanhola, em 1918, e a COVID-19. Casado há 75 anos com Nivercina Maria de Jesus, de 92, seu Mundico recebeu alta do Hospital César Leite, em Manhuaçu, também na Zona da Mata, no último dia 31. Foi a mais recente vitória inscrita no currículo do mineiro, obtida depois de ficar internado por 15 dias para tratamento da COVID-19. Vitória maior, porque foi compartilhada com a companheira de décadas, que também havia adoecido.
A saída do hospital teve a emoção que o momento merecia: enfermeiros, médicos, funcionários e familiares festejaram bastante a vitória na luta de seu Mundico contra o coronavírus. Um dia antes, dona Nivercina também havia recebido alta após tratamento bem-sucedido contra a COVID-19. E o casal, com tantos anos de história junto, nem sabia que havia se curado praticamente ao mesmo tempo: ela estava internada em outro hospital, em Vitória, no estado vizinho do Espírito Santo.
De acordo com a neta e cuidadora de seu Mundico, Tatiana Cristina de Amorim, o avô segue em casa, recuperando-se muito bem. “Ele usa o oxigênio só em uma parte do dia, está se alimentando normalmente, gosta de tomar leite e não dispensa o queijo. Sempre alegre, gosta de tomar sol na varanda, de conversar comigo ou com os filhos sobre lavoura de café... É a área em que sempre trabalhou, por isso é o assunto preferido dele”, explica.
Ponto de Vista: Graças a Deus! Um exemplo.
Drykarretada!