Charges de Junião, ilustrador da Ponte, e de Carlos Latuff foram usadas em prova do Colégio Marista de Natal (RN) para alunos do 8º ano; para PM, charges distorciam “a real imagem da instituição”.
A Polícia Militar de Natal, capital do Rio Grande do Norte, pediu “esclarecimentos” ao Colégio Santo Antônio Marista pelo uso de três charges críticas à polícia em prova de alunos do 8º ano na última terça-feira (1/9). O argumento da corporação é de que as charges “distorciam” a real imagem da instituição.
O caso foi denunciado pelo jornalista Paulo Ramos, do Blog dos Quadrinhos, do Uol, em seu Twitter. Uma das charges é de Antonio Junião, ilustrador, diretor de arte e projetos especiais da Ponte. Feita em 2013, a charge intitulada de “Cenas do cotidiano” mostra o diálogo de uma família negra se despedindo antes de ir para o trabalho e para a escola.
O filho deseja bom trabalho ao pai e é completado pela esposa: “e cuidado para não ser preso por engano na volta”. Na prova, a questão 11 questionava qual crítica em relação a Constituição Federal a imagem fazia. Entre as alternativas, estavam: a prática da tortura, a prática do racismo, o terrorismo, o tráfico ilícito de entorpecentes ou a xenofobia homoafetiva.
Ponto de Vista: Falta de respeito. A polícia precisa ser valorizada e respeitada.
Drykarretada!