A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou uma carta aberta criticando o governo Lula (PT) por cortes no orçamento da Polícia Federal (PF) para 2025 e falta de investimentos na corporação. Esses fatores, segundo a entidade, enfraquecem a instituição e dificultam o combate ao crime organizado. A carta, também apresenta ressalvas à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública, projeto liderado pelo presidente Lula (PT) e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski. A ADPF alerta para o risco de desmantelamento da PF e questiona quem se beneficia desse enfraquecimento. A entidade ressalta que, ao comprometerem a autonomia e a capacidade operacional da PF, as ações do governo colocam em risco a segurança pública. Além disso, o fim do sobreaviso remunerado trouxe dificuldades adicionais para os delegados, afetando diretamente a disponibilidade e a prontidão dos profissionais.
Os delegados também criticam a PEC da Segurança Pública, apontando a falta de diálogo com as forças de segurança em sua elaboração e o desalinhamento da proposta com as reais necessidades da segurança pública no país. A medida não fortalece a estrutura da PF nem enfrenta os desafios estruturais do setor. Entre as mudanças, a PEC prevê a atualização das competências da PF, ampliando seu escopo de atuação para incluir o combate a crimes ambientais, organizações criminosas e milícias com alcance interestadual ou internacional. No entanto, a ADPF afirma que o texto proposto não traz incremento na capacidade de resposta da Polícia Federal no enfrentamento à criminalidade.
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