Os recentes incêndios no interior de São Paulo devastaram quase 60 mil hectares de lavouras de cana-de-açúcar. De acordo com a Organização de Associações de Produtores de Cana do Brasil (Orplana), os produtores rurais tiveram R$ 350 milhões de prejuízo.
A Orplana informou que os incêndios afetaram áreas prontas para colheita e rebrota de cana em diversas regiões paulistas. Entre a sexta-feira 23 e o sábado 24, houve pouco mais de 2 mil focos de incêndio no Estado — 1,2 mil na sexta-feira e 305 ontem (sábado). Em Ribeirão Preto, moradores do condomínio Alphaville 3 precisaram deixar suas casas quando o fogo se aproximou dos muros do residencial.
Empresas como a Raízen, por exemplo, relataram focos de incêndio em suas áreas de produção, além de propriedades de fornecedores e outras empresas do setor sucroenergético.
Os incêndios começaram na região de São José do Rio Preto e se alastraram por Olímpia e depois Piracicaba, chegando à macrorregião de Ribeirão Preto. Cidades como Sertãozinho,Barretos, Bebedouro e Batatais também foram afetadas.
Recompensa para quem tiver informações sobre os incêndios
O Grupo Moreno ofereceu uma recompensa de R$ 30 mil por informações sobre incêndios criminosos em suas áreas de cultivo. A recompensa será concedida se as informações levarem à prisão dos responsáveis.
Na sexta-feira 23, a Orplana emitiu um comunicado repudiando os incêndios, classificados como criminosos, e destacou que produtores rurais e usinas não são responsáveis pelas queimadas, pois sofrem prejuízos financeiros com elas.
Área queimada pelas chamas, perto de Ribeirão Preto (SP) – 24/8/2024
Queimar lavouras de cana era uma prática comum no passado, especialmente na região de Ribeirão Preto, mas foi reduzida depois da assinatura do protocolo agroambiental em 2007. A queima prejudica outras atividades nas usinas, como a produção de etanol de segunda geração. Nos últimos dias, duas pessoas foram presas suspeitas de atearem fogo em vegetação em São José do Rio Preto e Batatais.
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