O que vocês acham daquele sujeito que construiu uma bomba, e do outro que instalou a bomba em um caminhão de combustíveis no aeroporto de Brasília? Pois os dois estão em regime semiaberto: um foi condenado a nove anos e oito meses; o outro, a cinco anos. O sujeito que deu carona para eles pegou seis anos, mas está em regime fechado. E os jornais chamam o sujeito não de “terrorista”, como chamavam todos os manifestantes, mas de “bolsonarista”. Não: ele é terrorista. Fez uma bomba para explodir no aeroporto! E já está no semiaberto. Outros, que apenas se manifestaram, pegaram 17 anos, praticamente o dobro. Não consigo entender, porque é preciso comparar a pena com o tamanho, a gravidade do crime. A bomba só não explodiu por incompetência deles. Um amigo, detentor de cargo importante, me falava sobre a ausência de propósito naquela destruição do 8 de janeiro: quebrar relógio, destruir quadros, obras de arte, quebrar cadeiras, jogar extintores contra vidraças. Qual é o propósito? Mas acho que havia um propósito, sim: jogar a culpa de tudo aquilo sobre manifestantes pacíficos. Alguns entraram nas sedes dos três poderes por ingenuidade, ou para se protegerem. E estão pagando caríssimo por isso.
Ninguém vê “ataque à democracia” quando o quebra-quebra é do MST - Enquanto isso, em um evento de associações populares na Itália, o papa Francisco – diz o noticiário – recebeu João Pedro Stédile, o eterno chefão do MST, e teria abençoado a bandeira do MST, que representa invasões violentas, ameaça, destruição de patrimônio, de gado, de cercas, de porteiras, de tratores, de depósitos, de silos, de casas-sede. E Stédile ainda citou o bispo Dom Pedro Casaldáliga, dizendo “malditas todas as propriedades privadas que nos privam de viver e de amar”. A Constituição, no capítulo dos direitos e garantias fundamentais, põe na mesma linha do direito à vida o direito de propriedade. Mas isso passa batido, como se fosse apenas uma peça de propaganda. Não sei se isso vai ser discutido dentro da Igreja, pois existe a questão da obediência, do respeito ao papa, mas também há o lado da lei brasileira. Quando é o MST que invade ministérios, toca fogo em praças de pedágio, em pesquisas, inclusive pesquisas públicas, de órgãos do Estado brasileiro, não acontece absolutamente nada, ninguém diz que é “atentado ao Estado Democrático de Direito”. Por que essa diferença?
Drykarretada!