A jornalista Maria Fernandes, do Valor Econômico, excelente profissional, sua coluna as sextas-feiras no Caderno EU do Valor é sempre sensacional. Pois bem, a jornalista noticiou, que o sistema de bombas, que impede as águas do Guaíba invadam a capital Porto Alegre, estavam inoperantes. Cheias de furo. Uma verba de 125 milhões, enviada em 2015 do governo federal, retornou em 2019, porque a prefeitura não usou o dinheiro na modernização do sistema de drenagem. Os prefeitos de Porto Alegre, de 2015 até hoje, acharam desnecessário gastar em manutenção e modernização. Talvez, não acreditassem, que as águas iriam alcançar o nível de 5,30 m.
O estudo, que deu origem a essa informação, foi elaborado por 48 técnicos das Universidades saudades do RS. Os políticos deveriam acreditar na Ciência e levar em conta, os alertas dos cientistas. Os oceanos, Pacífico, Atlântico e Índico, não estão conseguindo manter o esfriamento da atmosfera terrestre, porque suas águas estão de 3 a 5 graus mais quentes. Por isso, as ondas de calor e formação de massas de ar quente, que impedem o avanço natural das frentes frias. Essa massa de ar quente fica paralisada e formam gigantescas nuvens. O encontro da Frente Fria e a Massa de ar quente localizada causam a precipitação das chuvas torrenciais. Não está ocorrendo apenas no Brasil/ Rio Grande do Sul. No Afeganistão a enxurrada das águas foi avassaladora, no mesmo momento da tragédia que assola os gaúchos. Chove torrencialmente, também na Indonésia. É um fenomeno global. O aquecimento da Terra, atingiu um ponto perigosíssimo. Os países ignoraram as metas de redução do desmatamento, do uso de combustíveis fósseis e de uma política econômica sustentável. A Rio 92 foi solenemente ignorada. Entendo perfeitamente, que não deveríamos politizar a ajuda a população do Rio Grande do Sul. Não é a hora da luta política, apesar das eleições municipais próximas. Eleição de governador em 2026, é apenas um retrato na parede. Não adianta antecipar o pleito, porque o povo saberá separar o joio do trigo.
Drykarretada!
