Temos mais a resolver, para hoje e para o amanhã mais distante, do que imaginamos. Como venho insistindo em cobrar, é hora, aliás, já está passando da hora, de nossos políticos acabarem com as discussões e radicalizações estéreas e começarem a debater soluções para os nossos problemas. Certamente muitas das soluções só encontraremos depois que o eleitor se conscientizar de que precisa exercer com responsabilidade o seu direito ao povo, melhorando a representação popular. Se temos programas a resolver de imediato, como a reforma tributária, uma nova legislação que seja capaz de conter a violência que se agiganta a cada dia, temos problemas futuros que precisam ter soluções pensadas desde já. Para exemplificar. Estamos correndo o risco de, já para 2040, não termos professores para lecionar na educação básica. Estudos recentes do INEP mostram que 58% dos alunos de licenciatura, que forma docentes, abandonam o curso antes de obtenção do diploma, refletindo a desvalorização da carreira de professor. O Brasil, que já possui 68 milhões de pessoas acima de 18 anos que não concluíram a educação básica, corre o risco de ver este número aumentar e, muito, por falta de professores nas escolas. De assustar também as previsões para o futuro do INSS. O envelhecimento da população, o aumento da informalidade e as políticas de redução da alíquota de contribuição de diversos setores, fazem prever um aumento do déficit da Previdência que, segundo especialistas, podem levar o sistema à bancarrota. Fizemos uma reforma do sistema em 2019. Se nada for feito, em 2100 a necessidade de financiamento poderá atingir R$ 25,5 trilhões.
Drykarretada!