O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), solicitou ao governo do Distrito Federal a designação de policiais militares para reforçar a proteção do deputado Dr. Fábio Rueda (União Brasil-AC), irmão de Antonio Rueda, novo presidente do seu partido. A preocupação de Lira foi manifestada à vice-governadora do DF, Celina Leão (PP), em conversa ao telefone. Ela aquiesceu, disse que lavaria sua solicitação ao governador Ibaneis Rochas (MDB), mas pediu que o presidente da Câmara formalize sua solicitação por escrito. Toda a família de Antonio Rueda foi ameaçada de morte pelo deputado Luciano Bivar (PE), em gravações entregues à polícia. O mandato de Bivar se concluiria em maio caso não tivesse sido afastado do cargo nesta quarta-feira (20) pela executiva nacional do partido.
Pistoleiros na capital - Em Brasília, circulam rumores sobre a presença de pistoleiros na cidade, supostamente para atentar contra a família Rueda. Antonio Rueda relatou, em petição ao Supremo Tribunal Federal (STF), três ameaças de Bivar antes do incêndio, incluindo a confissão de que teria contratado a morte do adversário por R$20 milhões. A revista Veja revelou que na investigação aberta pelo STF, com relatoria do ministro Nunes Marques, Rueda afirma que o vereador Milton Leite, presidente da Câmara Municipal de São Paulo, é testemunha fundamental desse caso. De acordo com a denúncia ao STF, Luciano Bivar confidenciou a Leite, em conversa reservada, sua disposição de gastar R$20 milhões para matar Antonio Rueda, por isso o vereador virou testemunha do caso.
Bivar afastado por 11×5 - A executiva afastou Bivar em decisão de 11 a 5 votos, apesar dos protestos dos deputados, que, nervoso, participando da reunião por videoconferência, voltou a fazer declarações agressivas contra Rueda. A executiva nacional já poderia ter acatado e deflagrado o pedido de expulsão de Luciano Bivar, mas optou por afastá-lo das funções até que seja apurada sua suposta ligação ao incêndio criminoso que destruiu as casas do novo presidente do União Brasil e de sua irmã, também dirigente do partido.
Incêndio criminoso - As casas destruídas eram localizadas em um condomínio de casas de veraneio na Praia do Coquinho, no litoral sul de Pernambuco, construído por Bivar. Rueda adquiriu os terrenos e construiu as casas a pedido de Bivar, quando se relacionavam amistosamente. A Polícia Civil de Pernambuco e peritos particulares identificaram sinais de arrombamento das casas incendiadas, bem como restos de recipientes de combustível e o mesmo padrão nos dois casos: o fogo foi ateado primeiro nos sofás de ambas as salas.
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