O deputado federal Capitão Augusto (PL-SP) e a deputada estadual Dani Alonso (PL-SP) enviaram ofícios ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), para que suspendam o repasse de verbas públicas para a escola de samba Vai-Vai. O motivo é uma crítica feita pela agremiação aos policiais militares, no desfile feito na última sexta-feira (9). Uma das alas, denominada “Sobrevivendo ao Inferno”, retratava homens com escudo da tropa de choque da PM e cassetetes, além de asas de chifres que lembram a figura de um demônio. O desfile foi uma homenagem ao hip-hop. Para os deputados, a escola retratou os agentes de segurança de forma “deliberadamente ofensiva” e “figura demoníacas”. “Tal atitude não somente desrespeita a honra e a dignidade dos profissionais que dedicam suas vidas à proteção da sociedade, mas também contribui para a propagação de uma imagem negativa das forças de segurança, em um momento em que se faz mais necessário do que nunca o reconhecimento e o apoio ao seu trabalho”, diz o ofício. Os parlamentares propõem que a Vai-Vai seja proibida de receber qualquer tipo de recurso público no ano que vem como punição à ala sobre os policiais. “Tal medida não apenas servirá de punição apropriada, mas também como um claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso estado”. Augusto e Dani Alonso ainda pedem que sejam reforçados os critérios para a concessão de apoio financeiro e patrocínio a entidades e eventos culturais” assegurando que estes não estejam de forma alguma associados a atividades criminosas ou que promovam mensagens de ódio e desrespeito contra quaisquer grupos ou instituições”. Segundo a Vai-Vai, a ala criticada fez uma “justa homenagem” a um álbum homônimo do grupo Racionais MCs, “sem a intenção de promover qualquer tipo de ataque individualizado ou provocação, mas sim uma ala, como as outras 19 apresentadas pela escola, que homenageiam um movimento”. “Vale ressaltar que, nesse recorte histórico da década de 1990, a segurança pública no estado de São Paulo era uma questão importante e latente, com índices altíssimos de mortalidade da população preta e periférica”, diz a escola.
Drykarretada!