Em momentos de crise, não é raro as empresas reduzirem o tamanho dos produtos vendidos nos supermercados e manterem — ou até mesmo elevarem — os preços para o consumidor. Isso é chamado de reduflação. Outro problema é que essa informação de que o tamanho do produto mudou não costuma estar clara na embalagem. No entanto, tramita no Senado um projeto que visa aumentar a transparência para o consumidor: a empresa será obrigada a informar no rótulo sobre mudanças quantitativas. Essas informações devem ser mantidas na embalagem por um prazo mínimo de dois anos, sempre que a redução for superior a 10%. Embora a prática de reduflação é legal sob o ponto de vista do direito comercial, a senadora Professora Dorinha Seabra destaca que a prática deve ser coibida, pois pode ser considerada ardilosa e ludibriar o consumidor. “O consumidor acostumado a adquirir determinado produto ao longo do tempo pode deixar de observar as alterações na quantidade ou peso, caso a mudança não seja sinalizada. Assim, a fim de manter o preço nominal do produto por embalagem, o fornecedor recorre ao artifício de diminuir o peso ou a quantidade líquida, muitas vezes mantendo inalterada a embalagem, justamente para que a mudança passe despercebida”, afirma. Exemplos. Confira os produtos que mais sofreram reduflação. Segundo um levantamento da Consultoria Horus, levando em consideração os pesos de produtos entre os meses de janeiro e agosto de 2022 e 2023, o sabão em pó está entre os itens que mais sofreram com a reduflação. Neste caso, o peso caiu 9,3%, enquanto o preço teve um salto de 23,3%. Já os sucos prontos, viram seu tamanho ficar 10,6% menor. Por outro lado, os preços subiram 20,8%. Outro produto famoso na reduflação é o chocolate: as barras ficaram 14,3% menor, enquanto os valores subiram 5,9%.
Ponto de Vista: Um exemplo bem clássico está chegando; a Páscoa. Se você é daqueles que guarda o cupom fiscal das compras, compare o preço das caixas de chocolates ou até mesmo dos ovos de chocolates e terás uma noção do vídeo acima. Fora os outros produtos. Quanto ao projeto, não basta as empresas informarem as mudanças pois o consumidor ás vezes, se vê obrigado a comprar aquele produto e acaba por ser enganado. Tal projeto deveria obrigar os empresários a jogar limpo ou seja, o preço de 1 kg não poderia ser cobrado como 750 kg. Fato. Tá complicado. Nenhum segmento desta sociedade brasileira escapa. Entra governo e sai governo e ninguém faz nada. O povo precisa cobrar.
Drykarretada!