O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Lula (PT), general Gonçalves Dias, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) para ficar em silêncio durante depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro. A audiência está marcada para esta quinta-feira (31). A defesa de G.Dias afirma no pedido que o ex-ministro lulista “possui receio de sofrer constrangimento” durante a sessão do colegiado. Ainda no despacho, é argumentado que a convocação do general como testemunha “está travestida da real condição do paciente nesta Comissão Parlamentar Mista de Inquérito: a de investigado, especialmente por sua ocupação à época dos fatos”. O depoimento de G. Dias, é considerado pela oposição como uma “peça chave”. Alguns parlamentares alegam que o ex-GSI pode ter se omitido durante invasões às sedes dos Três Poderes em Brasília, no da 8 de janeiro. O senador Sergio Moro (União-PR) afirma que o depoimento é importante para entender as “providências adotadas e o desdobramento das investigações conduzidas pelo governo federal”. O deputado federal Delegado Ramagem (PL-RJ) argumenta que a atuação do ex-ministro pode “caracterizar, em tese, evidente omissão por não ter impedido a invasão do Palácio do Planalto”. G.Dias foi flagrado por câmeras de segurança do Palácio do Planalto flanando pelo prédio enquanto a área era atacada por vândalos no 8 de janeiro. O escândalo resultou na demissão do então GSI de Lula, o primeiro ministro a cair na gestão do petista.
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