Após decisão proferida na noite desta terça-feira (18), Jean de Brito da Silva (27), jovem autista preso pelo inquérito 4922, através do qual segue detida grande parte dos denunciados pelo 8 de janeiro, deixará a Papuda para responder ao processo em liberdade. A defesa de Jean explicou ao Diário do Poder que, durante os seis meses de prisão, todos os protocolos foram encaminhados à justiça para destacar a situação atípica do preso, mas somente agora, depois de laudo assinado pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo, famoso pelo caso Suzane Von Richthofen,o ministro Alexandre de Moraes decide pelo benefício ao acusado. Atuante no caso ao lado de Robson Dupim, a advogada Silivia Giraldelli, destaca que somente após diversas intervenções protocolares, o escritório que patrocinou a defesa de Jean, teve acesso aos autos do processo. O curioso é que existe um outro inquérito, o 4879, que apresentaria mais detalhes sobre o caso, pois nele foi dada origem a toda a investigação. “A esse inquérito até hoje não tivemos acesso, mesmo após inúmeras solicitações”.
A advogada falou ao Diário do Poder sobre o ineditismo do processo. “Jamais vi uma situação como essa. Esse é o processo mais difícil das nossas vidas. Vimos inúmeras irregularidades e o silêncio da OAB Nacional”, salientou. Silvana também destaca a atuação conjunta dos advogados envolvidos no caso, organizados para dar notoriedade à prisão irregular de Jean. O manifestante estaria retornando a sua cidade de origem, Juara, no estado de Mato Grosso, quando percebeu senhoras que haviam caído durante o tumulto da manifestação e voltou para ajudar, usando técnicas que aprendeu durante curso para ofício de bombeiro civil. Nesse momento, o manifestante foi preso.
Drykarretada!