Deputados do PT debocharam do ex-deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), em virtude da confirmação de sua cassação pela Mesa Diretora da casa, na noite da terça-feira 6. A presidente do partido, Gleisi Hoffmann, disse que Dallagnol foi cassado por ser “ficha suja”. “Burlou a lei fugindo de processos pra (sic) se candidatar”, tuitou. “Tem mais pra (sic) acontecer. CNJ investiga irregularidades no fundo de recursos criado pela Lava Jato, que o deputado cassado chegou a negociar rendimentos vantajosos. Quem diria, hein? Não era sobre corrupção?” Em 2016, a parlamentar se tornou ré na Lava Jato, por ter pedido R$ 1 milhão desviado da Petrobras para a campanha da petista ao Senado, em 2010, segundo a operação. Lindbergh Farias, namorado de Gleisi, afirmou que Dallagnol “passou por cima da lei, combinou sentenças, grampeou ilegalmente, tudo isso para prender Lula”. Em 2017, o então senador foi acusado pela Lava Jato de receber quase R$ 5 milhões de caixa dois da Odebrecht para campanhas políticas. “A decisão não envolve qualquer perseguição política, ao contrário do modo como procedia o ex-deputado quando procurador”, disse a deputada federal Maria do Rosário (RS). Assim como Farias, Maria teve uma acusação de recebimento irregular de caixa dois da Odebrecht. Ela recebeu R$ 150 mil, conforme a Lava Jato. Filho do ex-ministro Zé Dirceu, condenado no Mensalão, o deputado Zeca Dirceu (PR) publicou um post, segundo o qual a cassação de Dallagnol mostrou “compromiso (sic) com a lisura do processo eleitoral e o compromisso com a democracia”.
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