A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) assegurou neste sábado (15) que demitirá eventual servidor da instituição que tenha vazado fotos da autópsia da cantora Marília Mendonça. Na última quinta-feira (13), imagens do corpo da artista, que morreu em um acidente aéreo, viralizaram nas redes sociais. Encarregada pela realização da autópsia, que é sigilosa, a PCMG declarou que o caso está sendo investigado pela Corregedoria-Geral. Um inquérito foi aberto para apurar o vazamento, a autoria e a responsabilização dos culpados. "A PCMG não compactua com eventuais desvios de conduta de seus servidores, os quais são apurados com rigor e celeridade", declarou em nota. "As medidas administrativas após apuração e direito à defesa podem ir desde o afastamento do servidor à demissão do cargo público. A Polícia Civil reforça seu compromisso com o resguardo dos dados sensíveis que envolvem a investigação criminal em todas suas vertentes, bem como a punição de todos os servidores que eventualmente derem causa ao vazamento de dados, informações ou documentos de natureza sensível ou sigilosa", ressaltou no comunicado.
Na Justiça - A família de Marília Mendonça já informou que vai processar o Governo de Minas Gerais pelo vazamento das fotos. A intenção da ação judicial, conforme declarou o advogado Robson Cunha, que representa os parentes da cantora, é justamente punir os responsáveis por divulgar as imagens. De acordo com Cunha, as imagens fazem parte de um inquérito sigiloso da Polícia Civil de Minas e só deveriam ser acessadas por pessoas autorizadas. Além do Estado, o Facebook e o Google serão alvos de ações "para tentar coibir qualquer tipo de divulgação e responsabilizá-los" pelo compartilhamento das imagens". "O crime inicial foi cometido, que foi a divulgação desse conteúdo, mas a propagação desse material também é crime. As pessoas têm que entender a gravidade disso", falou o defensor em entrevista ao SBT.
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