O acusado deixou a prisão em 2022, após alvará de soltura obtido pelo advogado que defendeu o filho de Lula. Patric Uelinton Salomão, de 43 anos, apontado pela Polícia Federal (PF) como um dos principais integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) que planejavam um atentado contra o senador Sérgio Moro (União-PR), deixou a prisão no início de 2022, graças a um alvará de soltura obtido na Justiça paulista pelo mesmo advogado que livrou um dos filhos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de uma ação da Operação Lava Jato. Conhecido como Forjado dentro da facção, Patric é líder de um grupo do PCC que organiza e financia sequestros e atentados contra autoridades, segundo a PF. O publicitário Marcos Valério, que trabalhou para o PT, afirmou em delação que o partido e o PCC atuam juntos. Após ser condenado a mais de 37 anos de prisão, em um de seus mais emblemáticos depoimentos, Valério afirma que ouviu do então secretário-geral do PT, Sílvio Pereira, detalhes sobre o que seria a relação entre petistas e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a principal facção criminosa do país. O PT queria usar o Supremo Tribunal Federal (STF) para acabar com duas portarias do Ministério da Justiça, uma de 2019, que tornou mais rígidas as regras para visitas sociais em prisões federais de segurança máxima; e outra de 2017, que proibiu visitas íntimas em presídios federais. Era por meio das visitas que os líderes do PCC, todos presos, repassavam ordens aos seus subordinados em liberdade. Segundo a investigação da Polícia Federal sobre o plano de atentado do PCC contra o senador Sérgio Moro e outras autoridades, a organização criminosa esperava que essa ação colocasse um fim às regras mais rígidas de visitas íntimas, que acabaram prejudicando os negócios ilícitos dos criminosos. Os detalhes da investigação vieram à tona na quinta-feira (23). “À luz dos últimos acontecimentos e das falas do Presidente Lula, o PT deve uma explicação ao Brasil sobre sua participação como autor na ADPF 518 junto ao STF, quando tentou derrubar a proibição feita pelo Ministério da Justiça de visitas íntimas às lideranças do PCC e do CV [Comando Vermelho] em presídios federais”, relembrou o senador e ex-ministro da Justiça. Nos últimos anos, surgiram vários elementos que associam, direta ou indiretamente, o Partido dos Trabalhadores (PT) com membros da organização criminosa. Em 2019, em ligações interceptadas pela Polícia Federal – como parte da Operação Cravada -,integrantes da facção criminosa reclamam da transferência de presos e xingaram o então ministro Moro. Eles também falam em “diálogo cabuloso” com o PT. “Esse Moro aí, mano, esse cara é um m…”, disse um dos integrantes do PCC, Alexsandro Roberto Pereira, também conhecido como “Elias”. “Ele [Moro] já começou [a atrapalhar] quando foi para cima do PT. Para você ver que com o PT, com nós a gente tinha diálogo. O PT nós tinha um diálogo cabuloso, mano.” Marcos Camacho, o “Marcola”, também já foi flagrado fazendo referência ao PT. Em outubro do ano passado, O Antagonista revelou áudios de Marcola na prisão, captados com autorização judicial, e que também mostravam a existência de canais de conversa da facção com o PT. O material foi obtido por Crusoé, mas inexplicavelmente censurado por ordem do TSE durante o período eleitoral para não “atrapalhar” o PT. Talvez essa coincidência do advogado de Lulinha ser também advogado do integrante do PCC e a suposta proximidade e cumplicidade criminosa entre o PT e PCC, sejam culpadas pelo governo petista querer desarmar a população enquanto os bandidos desfilam suas metralhadoras sem incômodo algum. A oposição já prepara pedido de instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as relações entre PT e o PCC.
Drykarretada!