O Ministério da Justiça escolheu transformar a Praça dos Três Poderes em estacionamento da nova frota de carros do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci), local cujo revestimento em pedras portuguesas, bastante deteriorado, começa a ser recuperado pelo governo do Distrito Federal. O local que o ministério de Flávio Dino transformou em estacionamento para promover um factóide permanece de difícil acesso ao cidadão comum, cuja livre circulação está impedida por grades, ofendendo o projeto original da área. O uso indevido foi criticado pelo secretário de Cultura do DF, Bartolomeu Rodrigues, pasta que vai conduzir a restauração da Praça dos Três Poderes. Ele gravou um desabafo em vídeo, na Praça dos Três poderes. “A praça não foi feita para isso. A praça foi feita para famílias é para ser frequentada por pessoas, para que elas possam contemplar as instituições, os Três Poderes.(…) A praça não é local para eventos desta natureza“, declarou o secretário que ainda cobrou mais “educação patrimonial“. Não é a primeira vez que veículos ligados ao Ministério da Justiça, pasta comandada por Flávio Dino, param no local proibido. Durante a intervenção federal na segurança do Distrito Federal, viaturas pesadas, como ônibus e blindados, também ficaram paradas na área. Além de ser proibido estacionar na praça, o piso da Praça dos Três Poderes é feito com pedras portuguesas. Recentemente, o Governo do Distrito Federal anunciou a reforma do local. Serão desembolsados cerca de R$11 milhões na restauração das pedras. A Praça dos Três Poderes fica entre o Palácio do Planalto, o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional. A parte urbanística foi idealizada por Lúcio Costa e as construções projetadas por Oscar Niemeyer. Ao Diário do Poder, o Ministério da Justiça informou que “a autorização para a alocação dos veículos foi concedida pela Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF), mediante ofício enviado pelo MJSP nesta segunda-feira (13)“.

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