Permitam que busque, na cultura popular algo que espelhe bem o atual momento do Governo Lula. Nada define mais este momento do que o dito popular sobre alguém que se encontra perdido, sem saber que rumo tomar: parece cachorro que caiu do caminhão de mudança. Perdido, sem saber para onde ir. Apesar de alguns – entre eles economistas de renome e alguns conceituados colegas da imprensa dizerem em alto e bom som que Lula tem acertado em suas medidas e com elas melhorado a situação do país, não é isto que pensa e sente a maioria da população. O que se vê é um presidente que não consegue descer do palanque de candidato, com o surrado discurso de que não está preocupado em agradar ao chamado “mercado”, mas sim em governar para os pobres. Mas o que é governar para os pobres que ninguém consegue explicar com clareza e sem demagogia? Governar para os pobres será que é reajustar em R$ 18,00 o salário-mínimo, a partir de maio – nem é imediatamente – quando passará a ser de R$ 1320,00, cinco vezes menor do que deveria ser desde agosto do ano passado, para atender as necessidades das famílias e o que determina a Constituição, segundo estudos do DIEESE? Certamente Lula não sabe pois afinal, não é ele, nem a esposa Janja que faz as compras de casa, mas o quilo de feijão hoje está em torno de R$ 11,00. Do mamão mais de R$ 9,00 e da banana – saudades do tempo em que as coisas baratas era vendidas a “preço de banana”- mais de R$ 10,00. Isto em Belo Horizonte, em outras capitais estão ainda mais caros. E o salário-mínimo é nacional. Um reajuste demagógico assim não soluciona ou minora as dificuldades de quem recebe, e ainda agrava as despesas do já descontrolado governo federal. E quando isto acontece, sempre, a inflação aumenta e quem paga a conta é o pobre. E isto não é governar para os pobres. É governar contra os pobres.
Drykarretada!