O governador afastado do Distrito Federal (DF), Ibaneis Rocha, acredita ter havido sabotagem por parte de agentes de segurança pública durante os atos de vandalismo em Brasília, no domingo 8. Os advogados que representam o governador, Alberto Toron e Cléber Lopes, afirmam que Ibaneis recebeu informações incorretas sobre as ações de segurança na Esplanada dos Ministérios. “Portanto, não se pode dizer, de maneira nenhuma, que estivesse conluiado com o movimento que se deu”, disseram. Em entrevista à Record TV, Ibaneis se defendeu da acusação de omissão. Ele declarou que o ex-secretário de Segurança Pública Anderson Torres viajou para os Estados Unidos sem avisá-lo e sem estar de férias. Torres teria embarcado com a família na madrugada de sábado 7 para domingo 8. O governador afirmou que só soube da viagem quando Torres desembarcou na Flórida. A decisão que afastou Ibaneis do governo do DF por 90 dias foi confirmada pela maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira 11. Ele foi suspenso da função pelo ministro Alexandre de Moraes. Ibaneis não vai recorrer da medida. A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do DF apresentou ontem ao STF um pedido de reconsideração de sua prisão. Na petição, Anderson Torres afirmou ter tomado todas as providências cabíveis que estavam ao seu alcance para evitar os atos de vandalismo no domingo e que a operacionalização cabia à polícia. Torres também disse que as exonerações feitas na transição do governo federal podem ter contribuído para o apagão que houve na área de inteligência das forças de segurança, uma vez que muitos setores foram esvaziados. “Nós ponderamos ao STF o quadro completo, ou seja, que não houve qualquer tipo de omissão e que a viagem aos EUA já estava marcada no mês passado, quando ninguém se cogitava qualquer manifestação”, afirmou o defensor Rodrigo Rocca à CNN.
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