Existe uma frase no capitalismo “nunca pergunte como um empresário obteve seu primeiro milhão”. A premissa é que todo novo negócio começa, ou sonegando impostos, ou por contrabando, ou por um acordo generoso com uma estatal. Mas a outra parte dessa premissa é que uma vez alcançado o primeiro milhão, a empresa entra nos eixos sem corrupção. Na política é a mesma coisa, só que ela continua sem limites.
Achei este texto de um especialista em campanhas eleitorais. “O brasileiro é tolerante com a corrupção, pois se puder, de algum modo, também recorre a meios ilícitos para subir na vida. Faço campanhas eleitorais há muito tempo e as pesquisas revelam isso. Nas conversas informais as pessoas também deixam entrever essa complacência com o crime. O brasileiro é dinheirista. Curso superior no Brasil é meio para ganhar dinheiro. Lecionei economia e ciência política muitos anos, e a maioria dos alunos nunca me pediu uma indicação de livro. Não é a educação que é valorizada, mas o diploma. O brasileiro quer uma fórmula eficiente de ganhar dinheiro e subir na vida. O conhecimento é solenemente desprezado. Lemos em média 1,2 livros por ano, aí incluídos livros didáticos, que são obrigatórios. Mais de 70% das pessoas são analfabetas funcionais, ou seja, têm sérias dificuldades em ler corretamente e compreender o que leram. Você mesmo anda sofrendo com isso aqui. Enfim, antes de aspirar o poder, a esquerda revolucionária devastou a cultura e a educação brasileira. Não sobrou nada. Cursos universitários são centros de formação de militantes. São espaços para moldar a cabeça de uma geração extremamente materialista, vazia, que só pensa em obter sucesso na vida. Mais uns 10 anos e a direita nem eleitorado terá. Essas eleições revelaram toda a miséria cultural, intelectual, moral e espiritual do brasileiro.”
Drykarretada!