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Brasil

Entre o Maracanaço e o 7 a 1, a militância (política) chegou ao futebol.

Para a esquerda, o Neymar que se lasque.

Publicada em 29/11/2022 às 08:50h - 245 visualizações

Drykarretada a notícia como deve ser/Bruna Frascolla


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Ali promotora.

Entre o Maracanaço e o 7 a 1, a militância (política) chegou ao futebol.
 (Foto: Desconhecido!)

Se eu quisesse fazer demagogia e posar de escritora do povo, poderia dizer com frequência que uma das descrições sociais mais sagazes que já ouvi foi numa lotação em Itaparica. Um velho, torcedor do Vitória, chorava as pitangas assim para o outro passageiro: “Hoje em dia está tudo mudado. Um homem pode mudar de mulher, pode mudar de religião… Pode mudar até de sexo!! Mas não pode mudar de time. Por quê?” De fato, o velho nascera antes do governo Geisel, que liberou o divórcio. Viveu o suficiente para pegar a ascensão dos evangélicos no Brasil, depois da qual as pessoas pulam de religião em religião como de galho em galho. E nos dias de hoje, o credo laico oficial diz que homens podem virar mulheres e vice-versa. E ai de quem discordar! Em meio a tudo isso, porém, uma coisa persistia: o futebol. O sujeito poderia largar a esposa, trocar de religião, virar mulher e casar de novo, mas o time não mudava. Por isso um velho torcedor do Vitória estava fadado ao sofrimento. Não sei se essa estabilidade futebolística foi passada adiante, e creio que não. Quem foi que predestinou o vascaíno ao sofrimento? Quase sempre o pai dele, e na infância. O próprio pai é vascaíno porque o pai dele, já finado, o iniciou no Vasco. E assim sucessivamente, até a geração de brasileiros que começou a gostar de futebol lá pelos anos 40 ou 50 (o Brasil ganhou a primeira copa em 58). Os times mais tradicionais costumam ser do final do século XIX, mas nessa época o ludopédio (ou football) ainda era um esporte de elite. Muitas alterações ocorreram de lá para cá. Um deles foi no futebol mundial, com os clubes ricos da Europa absorvendo jogadores do mundo. O Brasil hoje tem orgulho e tradição bastantes para que os jogadores não se naturalizem e joguem por seleções europeias, como os africanos que às vezes enfrentam as seleções do próprio país natal. Mas sem dúvida um campeonato inglês cheio de jogadores brasileiros tem um futebol mais animado do que os campeonatos brasileiros. Outra mudança é tecnológica. Mesmo que tenham pai em casa, as crianças ficam muito tempo defronte de telas, comungando de uma cultura diferente da dos seus pais. Assim, na melhor das hipóteses, a quarta ou quinta geração de vascaínos terá um torcedor do Vasco e do Barcelona. Ao menos o pobre poderá aliviar o coração.

Derrotismo até em 58. Para tentar pegar essa cronologia, o que me ocorre é o artigo “Complexo de Vira-Latas”, de Nelson Rodrigues, escrito às vésperas do início da Copa de 58. Segundo conta, os brasileiros estavam derrotistas graças à copa de 50, quando o Brasil perdeu do Uruguai na final por 2 a 1, em casa, de virada. Ou seja: os brasileiros passaram a Copa seguinte com o rabo entre as pernas e em 58 ainda faziam questão de dizer que o Brasil ia perder. “Os jogadores já partiram e o Brasil vacila entre o pessimismo mais obtuso e a esperança mais frenética”, dizia ele. “Nas esquinas, nos botecos, por toda parte, há quem esbraveje: - ‘O Brasil não vai nem se classificar!’. E, aqui, eu pergunto: - não será esta atitude negativa o disfarce de um otimismo inconfesso e envergonhado?” De fato, em meio a qualquer crise de nervos referente ao país, seja na seara esportiva ou política, sempre tem quem corra para jogar a toalha e dizer: “Este país não vai para frente mesmo!” Se de direita, ainda vai reclamar que a direita brasileira não vai para lugar nenhum. Mas entre uma proclamação de fracasso e outra, compartilha esperançoso um boato sobre a mais nova movimentação dos militares, ou sobre uma declaração bombástica. Para mim, está muito claro que viralatismo é como relação aberta: o sujeito que tem medo de chifres inventa um modelo de relação que impossibilita conceitualmente o chifre. O vira-lata complexado faz questão de crer que o Brasil vai dar errado, de modo que é impossível ter uma amarga frustração. Seríamos um povo ansioso?

Drykarretada!




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