Segundo o Estadão, o ministro do STF Gilmar Mendes determinou a suspensão da Operação Sofisma, da Polícia Federal (PF) deflagrada na quinta-feira (17) contra a Fundação Getúlio Vargas (FGV). E neste domingo (20), o magistrado determinou a imediata devolução dos bens apreendidos dos diretores da instituição. A investigação pode atingir caciques do Judiciário. Pelo visto, para o ministro proferir outra decisão em pleno final de semana é porque o conteúdo existente dos documentos, celulares e computadores apreendidos deve mesmo ser revelador. Em 2017, por exemplo, o Grupo J&F, que controlava a JBS, gastou em dois anos, cerca de R$2,1 milhões de reais em patrocínio de eventos do Instituto Brasiliense de Direito Público (IDP), que tem como sócio o ministro Gilmar Mendes. Chama atenção também o fato da Faculdade de Mendes ter tido 11% de alunos no Fies. Em 2017 a faculdade do ministro recebeu R$1,4 milhão do Fies. Em 09/08/2019 o G1 publicou matéria onde diz que a Receita Federal, em ofício enviado ao STF, defendeu os auditores que investigavam 133 contribuintes, entre os quais Gilmar Mendes. Esse episódio ocorreu uma semana depois do ministro Alexandre de Moraes ter suspendido procedimento de investigação e afastado dois auditores que atuaram nos casos. Moraes, exatamente no dia 01/08/2019, realizou seu segundo ato dentro do inconstitucional e absurdo Inquérito das Fake News e determinou a suspensão das investigações da Receita Federal contra Gilmar e o afastamento dos auditores. O inquérito das Fake News não teve origem na matéria da Crusoé publicada em 11/04/2019 intitulada “O amigo do amigo do meu pai”, que falava sobre o ministro Dias Toffoli, mas sim, para atender a pedido de Gilmar Mendes em face da investigação da Receita Federal que recaía sobre ele e esposa. Conforme matéria da EXAME de 08/02/2019, Mendes pediu ao então presidente do STF, Dias Toffoli que tomasse providências para interromper a investigação que apurava supostas “fraudes de corrupção, lavagem de dinheiro, ocultação de patrimônio ou tráfico de influência”. E foi aí que Toffoli deixou a situação nas mãos do novato Alexandre de Moraes. É notório que o Instituto de Gilmar sempre teve estreita relação com a FGV e de repente tão rapidamente o ministro do STF manda parar uma investigação de 3 anos contra a Fundação. Só para lembrar: o ministro Edson Fachin proibiu operações policiais em comunidades no Rio; O ministro Alexandre de Moraes proibiu operações da PRF nas eleições; Gilmar Mendes agora proibiu investigação da PF na FGV. O que teme o STF? Por quê ministros do STF não podem ser investigados? Ninguém está acima da Lei!
Drykarretada!