Vocês já pensaram num Senado sem Rodrigo Pacheco na presidência? É o que pode acontecer a partir do ano que vem se ele não for reeleito. A Constituição proíbe reeleição para presidentes do Senado e da Câmara, mas o Supremo já decidiu que quando muda a legislatura eles podem tentar permanecer no cargo. Imaginem só, sem Rodrigo Pacheco e com o general Mourão, com Damares, com Tereza Cristina, com o astronauta Marcos Pontes, com Sergio Moro. Moro, aliás, apoiou Bolsonaro e já está falando em Lava Jato, assim como Deltan Dallagnol, o mais votado deputado federal pelo Paraná. Está na hora de fazer renascer, ressuscitar a Lava Jato, que o Supremo tentou sepultar. Ao mesmo tempo, estão todos de olho nos requerimentos de impeachment de ministros do Supremo, se a partir do ano vem Rodrigo Pacheco não estiver lá para impedir. É uma enorme mudança. E na Câmara – nas duas casas, na verdade – aumenta a bancada do agro. A bancada de conservadores, a bancada da direita. As pesquisas de opinião assustaram tanto Bolsonaro, dando-lhe números baixos, na casa de 30%, que ele saiu desesperado em campanha. Resultado: elegeu uma grande bancada para apoiá-lo. Vai ser muito fácil para Bolsonaro, caso ele se reeleja, governar nos próximos quatro anos: ele vai poder passar as leis e reformas que desejar; ao mesmo tempo, será difícil para Lula governar com um Congresso onde ele vai ter minoria. Essa é a grande mudança de domingo: a força da direita, do centro, dos conservadores na Câmara e no Senado, com grandes e aguerridas figuras aguerridas, com vozes fortes. Claro que a governabilidade vai depender do dia 30, dos resultados do segundo turno. Pode sair vencedor um que vai ter uma governabilidade difícil, ou outro que poderá, enfim, fazer as reformas e mudanças legais que realmente queria, provavelmente com o Supremo tentando ir contra.
Drykarretada!
Acabo de conhecer vcs e curti mto a assertividade