Assessores do Palácio do Planalto já se empenham em convencer o presidente Jair Bolsonaro a vetar o aumento-jumbo de 18% nos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Além de se queixarem de “hostilidades” do STF, esses assessores argumentam que o veto receberia amplo apoio da opinião pública, até em razão do efeito cascata bilionário nas contas públicas. O pretendido aumento vem sendo considerado no governo “um tapa na cara” do pagador de impostos. E agora? Quando Temer teve a chance de vetar o aumento proposto em 2018, o então candidato a presidente Bolsonaro disse que, se fosse ele, vetaria. Juízo, senhores. O aumento preocupou no Ministério da Economia: Paulo Guedes foi ao STF tentar demover os ministros da ideia, mas não obteve êxito. Como uma casta. Para o governo, o STF não se importa com os impactos nas contas públicas, reafirmando-se como uma casta alheia às dificuldades do País. Vai demorar. Ainda há um longo caminho até que a mensagem do STF venha a ser votada no Congresso. Se aprovada, seguirá à sanção presidencial.
Drykarretada!