Durante um discurso de despedida da presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Luiz Edson Fachin disse que maioria dos brasileiros acredita nas urnas eletrônicas. “Como se constatou na última pesquisa DataFolha”, explicou o juiz do TSE, na noite da terça-feira 9. Fachin defendeu ainda a transparência do processo eleitoral e assegurou que o TSE prestou informações sobre as máquinas. “Como é cediço, o processo eleitoral transparente é aquele que se mostra aberto à fiscalização, sendo, na ótica tanto do eleitorado quanto dos atores políticos, mediado por uma instituição confiável e dialógica”, observou, referindo-se aos trabalhos do TSE. “Hoje, também tenho a certeza inabalável de que a democracia se verga, mas não se dobra nem quebra com as fake news”, declarou Fachin, sem mencionar quais seriam essas notícias falsas ou quem as divulga. “A democracia é condição de possibilidade para coexistirmos em paz. No dissenso respeitoso, no canteiro de obras que é a própria democracia.” A partir da semana que vem, o ministro Alexandre de Moraes assume a cadeira de Fachin. Desafeto do presidente Jair Bolsonaro, Moraes será o responsável por conduzir as eleições deste ano.
Citado por Fachin para defender urnas, DataFolha errou em 2018. Em reportagem publicada na Edição 96 da Revista Oeste, o jornalista Silvio Navarro fez um levantamento mostrando os erros cometidos pelos institutos de pesquisa, entre eles, o DataFolha. “Na corrida presidencial, ninguém errou mais feio do que o Datafolha em 2018, quando publicou, dez dias antes do pleito, que o petista Fernando Haddad venceria Jair Bolsonaro ‘em qualquer cenário'”, escreveu o jornalista. “O Vox Populli foi além, a ponto de sites como o da própria CUT (Central Única dos Trabalhadores) e outros satélites celebrarem a virada nas últimas horas. ‘A virada de Haddad foi em cima dos indecisos, que estão optando pelo petista, quando entendem o que está em risco’, disse na época Vagner Freitas, presidente da central.”
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