Nesta quarta-feira teremos um julgamento importante no Supremo, e que tem a ver com eleição. Sabem por quê? Porque existe a Lei da Ficha Limpa, segundo a qual quem foi condenado em segunda instância não pode ser candidato. Mas os políticos, no ano passado, mudaram uma segunda lei, a Lei de Improbidade Administrativa. O que é condenação por improbidade? É quando o sujeito é um administrador desonesto; mas os políticos decidiram que aquele que fez sem querer, por ingenuidade, por ignorância, não pode ser tratado igual ao que fez de forma mal-intencionada para meter a mão no dinheiro. Eu não sei; afinal, o sujeito que vira prefeito, governador, ministro, presidente da República, secretário, tem de conhecer a lei, se inteirar do serviço público, pois está administrando dinheiro dos outros. Não é dinheiro anônimo, é dinheiro do suor do pagador de impostos. Tem de ser tratado de joelhos, como algo sagrado. Agora dizem “mas é só culposo, não tinha dolo, pobrezinho, vai ter de repor o dinheiro?” Pois esse político, então, não precisa repor dinheiro público e nem ficar impedido de se eleger, é isso que o Supremo vai decidir. O próprio Supremo, aliás, já decidiu fazer isso com Lula, inspirado por Fachin.
Drykarretada!