Muitos prefeitos em Brasília. Acho que quase 20% dos prefeitos estavam aqui, convocados pelo Paulo Ziulkoski, presidente há bastante tempo da Confederação Nacional dos Municípios. A reclamação deles é que, num ano, o conjunto das 5.570 prefeituras vai perder R$ 73 bilhões com essas mudanças que estão aí. Ainda bem que não é ano de eleição municipal; do contrário, eles não teriam condições de defender esses pontos de vista. Porque isso é contra o aumento dos agentes de saúde, dos professores, dos auxiliares de enfermagem, é contra a diminuição do ICMS, dos impostos federais, para baratear o combustível. É até contra o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600, é contra a PEC que está na Câmara; totalmente impopular, o movimento dos prefeitos. Mas eles têm razão em chiar, porque a nossa república só é federativa na Constituição; na prática ela não é. Porque prefeito só tem poder se tiver dinheiro. Se não tem, não tem poder. E quem tem o poder do dinheiro é a União, o governo federal. Parece o tempo do império, em que o Brasil era um país unitário, ou no tempo de Getúlio, quando ele nomeava interventores e não havia nem eleição de governador.
Drykarretada!