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Brasil

Quem é capitão Wagner, candidato pró Bolsonaro que ameaça o domínio da esquerda no Ceará?

Pode ser um bom nome para o Ceará.

Publicada em 04/06/2022 às 09:00h - 258 visualizações

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Ali promotora.

Quem é capitão Wagner, candidato pró Bolsonaro que ameaça o domínio da esquerda no Ceará?
 (Foto: Desconhecido!)

As eleições para o governo do Ceará prometem uma disputa acirrada entre candidatos pró-Lula e pró-Bolsonaro. Até agora, dos nomes mais alinhados ao presidente nos estados do Nordeste, o deputado federal Capitão Wagner (União Brasil) é o único pré-candidato com chances reais de ameaçar o domínio da esquerda, segundo pesquisas eleitorais. Levantamento do Paraná Pesquisas divulgado na segunda semana de maio mostra Capitão Wagner na frente em todos os cenários. No primeiro, o deputado tem 46,5% contra 24,2% da atual governadora do Ceará, Izolda Cela (PDT). Já em uma eventual disputa contra o ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio (PDT), a vantagem de Wagner é menor, mas ainda bastante consistente – 43,4% frente a 29,8%. Já a pesquisa divulgada pelo Portal Terra da Luz, feita pelo Instituto Invox Brasil na primeira semana de maio, apontou maior equilíbrio na disputa entre Capitão Wagner e Roberto Cláudio. No levantamento, o candidato do PDT aparece numericamente na frente, com 39% dos votos, contra 37% do deputado federal – ambos estão tecnicamente empatados, considerando a margem de erro de 2,45 pontos percentuais. Contra os demais possíveis candidatos do PDT, Capitão Wagner segue na liderança: 48% a 23% contra Izolda Cela; 45% a 23% frente ao deputado federal Mauro Benevides Filho e 51% contra 13% ante o deputado estadual e atual presidente da Assembleia Legislativa do Ceará, Evandro Leitão. Embora o PL, partido de Bolsonaro, ainda não tenha fechado apoio a Capitão Wagner no primeiro turno, o presidente já demonstrou simpatia ao pré-candidato e ambos estiveram juntos em eventos no estado. A agenda da segurança pública é um dos pontos em comum entre eles. Como Capitão Wagner construiu sua carreira na política. Wagner Sousa Gomes é capitão da Reserva da Polícia Militar do Estado do Ceará e, em 2011, começou sua carreira política ao liderar um motim das forças de segurança do estado por seis dias. O motim foi realizado próximo às festividades de Ano Novo, sendo que Fortaleza é um dos principais destinos do turismo nacional nessa época. Com o movimento da PM, uma onda de crimes foi registrada e a então presidente da República, Dilma Rousseff (PT), atendeu ao pedido do governador do Ceará, Cid Gomes (PDT), para enviar tropas da Força Nacional para socorrer o estado. A liderança do motim da PM deu projeção a Capitão Wagner, que foi eleito vereador em Fortaleza em 2012, deputado estadual em 2014 e deputado federal em 2018, sendo o mais votado para esses cargos em todas as eleições. “O sucesso de Wagner pode ser explicado pela base grande e mobilizada que ele construiu desde o primeiro motim e muito pelo discurso pautado nos problemas de segurança pública. Wagner conseguiu trazer, então, o mesmo eleitorado de Bolsonaro preocupado com as questões de segurança e corrupção, mas também outros eleitores que enxergam nele um homem sério, de família e que pode enfrentar a violência no estado”, aponta Guilherme Russo, cientista político e diretor de Inteligência e Insight na Quaest Consultoria e Pesquisa. Capitão Wagner ainda tentou por duas vezes ser eleito prefeito de Fortaleza. Em 2016, contra Roberto Cláudio, foi derrotado ainda no primeiro turno. Quatro anos depois, mesmo perdendo, o resultado foi melhor: o deputado federal perdeu no segundo turno para José Sarto (PDT) por uma diferença de cerca de 90 mil votos. Naquela disputa, Sarto contou não apenas com apoio massivo das lideranças do PDT como Ciro e Cid Gomes, mas também com o governador do Ceará na época, Camilo Santana (PT). “O Capitão Wagner além de fazer parte de um grande partido agora, o União Brasil, já vem se testando em eleições municipais, inclusive na capital, tentando avaliar o seu crescimento eleitoral. Isso acabou garantindo a ele um crescimento gradual”, afirma Jorge Ramos Mizael, cientista político e diretor da Metapolítica Consultoria. Entretanto, Capitão Wagner pode não contar com o apoio do partido de Bolsonaro desde o início da campanha. O diretório do PL no Ceará ainda discute se irá lançar candidatura própria com o ex-deputado Raimundo Gomes de Matos ou se irá apoiar o militar de reserva já no primeiro turno. O ex-vice-prefeito de Fortaleza Gaudêncio Lucena (PL) encabeça o grupo que defende o apoio do PL e de Bolsonaro a Wagner desde o início da campanha. Já o grupo liderado pelo presidente estadual do PL e prefeito de Eusébio, Acilon Gonçalves, mais ligado ao "Centrão", apoia a candidatura própria com Raimundo Matos. Um dos motivos que pesam para o PL do Ceará não apoiar a campanha de Wagner é a pré-candidatura de Luciano Bivar a presidente pelo União Brasil.

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