A internet deu voz a todo mundo, incluindo os imbecis. Não que eles não tivessem voz antes. Insisto, os imbecis sempre estiveram entre nós, metidos em todo tipo de atividade. Eles também têm poder, são encontrados em cargos importantes, podem mergulhar em qualquer imbecilidade, tentando revesti-la de bom senso, de caminho inescapável para aquilo que eles próprios não querem atingir, mas dizem defender. O imbecil é, quase sempre, um sonso, um fingido. Há discursos, há manchetes, há decisões jurídicas que são tolices irritantes, engodo. Em todos os poderes, em todas as áreas, na imprensa, na cultura, na mídia, no ensino, em todo canto, prosperam indigência moral e miséria intelectual. E os imbecis juram que trabalham por um mundo melhor. Querem dirigir consciências e têm desprezo pelo debate, por argumentos, provas, pelo que está expresso com clareza na lei. Os imbecis podem não dar satisfação a ninguém. O imbecil tem seus próprios interesses, que ele jura serem os interesses de todos (exceto daqueles que o imbecil considera imbecis...). São, definitivamente, os seus critérios que definem o verdadeiro e o falso, o certo e o errado, o bem e o mal, o legal e o ilegal, o bandido e o mocinho... O imbecil erra muito. E o perdão, muitas vezes, pode ser perigoso e levar a novos erros. Certo é que não há lei que suporte um imbecil poderoso e suas “aventuras autoritárias”, em que, aliás, ele não se enxerga, em que enxerga o inimigo. O que fazer, então? Olavo de Carvalho escreveu: “Para aqueles mesmos que não se enxergam e por não se enxergarem se mostram, quando deviam ocultar-se. Faze o trabalho do espírito: mostra-os a si mesmos, para que os humilhe o que os lisonjeou um dia, e, tombando de quanto mais alto subiram, conheçam que humanos são”.
Drykarretada!