O país ainda possui cerca de 11 milhões de analfabetos. Isso é equivalente à população de países como Grécia, Bélgica, Portugal e Suécia. Além disso são aproximadamente 38 milhões de analfabetos funcionais, número superior à população de países como Marrocos, Canadá e Polônia. O analfabeto é aquela pessoa que não tem instrução primária e não sabe ler e escrever enquanto o analfabeto funcional não desenvolve habilidades para interpretação de textos e fazer as operações de matemática. Isso impacta diretamente o nível de produtividade do país, a renda individual, o desemprego, a criminalidade, a pobreza e extrema pobreza, a miséria e, nas eleições, a qualidade do voto. O analfabetismo gera exclusão social e retira dessas pessoas a dignidade dificultando que exerçam o seu pleno papel de cidadania. Muitos brasileiros se sentem constrangidos com essa situação e têm dificuldade de aceitar conviver com isso. Durante o governo militar, em 1968, foi criado o Movimento Brasileiro de Alfabetização - MOBRAL com o objetivo de erradicar o analfabetismo em substituição ao método utilizado de autoria do controverso Paulo Freire. Esse novo modelo, idealizado para a alfabetização de pessoas com mais de 15 anos, não deu certo pois era também fortemente influenciado pelas discutíveis teorias de Freire. O objetivo era proporcionar a alfabetização funcional e educação continuada em cursos especiais. O MOBRAL foi efetivamente implementado a partir de 1971 durante o governo Médici. Por mais de uma década jovens e adultos foram alfabetizados, mas a recessão econômica dos anos 80 fez com que o programa fosse descontinuado. Após o regime militar, o novo governo do presidente José Sarney, como é usual no Brasil, mudou o nome do MOBRAL e em 1990 foi definitivamente extinto deixando milhões de brasileiros analfabetos. Os governos posteriores de Collor, Itamar, Fernando Henrique, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro foram incapazes de eleger a erradicação do analfabetismo como uma das principais prioridades para o país. Governar é alocar recursos. Os governos citados preferiram investir e realizar outros projetos a erradicar o analfabetismo. Fazer estradas e concursos públicos dá mais voto que alfabetizar pessoas. Não há incentivo algum para que o congresso ou o governo se dedique a essa causa que não seja a solidariedade e a fraternidade para com os nossos compatriotas. Os petistas, que nos discursos de campanha falam em ajudar os pobres, quando se tornaram governo por 13 anos e 243 dias preferiram despejar R$ 500 bilhões, dos brasileiros pagadores de impostos, em outros países para construir portos, aeroportos, metrô, rodovias e hidrelétricas do que erradicar o analfabetismo. O analfabetismo é um legado dos governos sociais-democratas que permaneceram mais de 30 anos no poder. A má alocação dos recursos que pertencem aos pagadores de impostos e são mal administrados pelo governo, continua a todo vapor. Recentemente o Congresso aprovou R$ 21,9 bilhões para a cultura. São R$ 18 bilhões da Lei Aldir Blanc e R$ 3,9 bilhões da Lei Paulo Gustavo. Esquisito, nosso congresso priorizou a cultura quando ainda temos milhões de analfabetos. O congresso aprovou também R$ 4,9 bilhões para o fundo eleitoral e R$ 36,4 bilhões em emendas do relator também denominado de orçamento secreto. Isso é uma clara demonstração do desalinhamento dos interesses e das necessidades da sociedade com o de nossos congressistas. Já o executivo, para ficar em apenas um exemplo, gastou R$ 22 bilhões para cobrir o rombo do ano de 2021 das estatais ineficientes que chamam, no linguajar governamental, de dependentes. Estamos falando de R$ 85,2 bilhões, prova que temos dinheiro sobrando e daí a má alocação de recursos pelos nossos políticos. Há uma absoluta falta de sensibilidade do executivo e do congresso no que se refere aos temas prioritários para o país. Uma pena, pois, seria muito melhor aplicar essa dinheirama para erradicar o analfabetismo. O analfabetismo é um legado dos governos sociais-democratas que permaneceram mais de 30 anos no poder e foram incapazes de resolver este problema. Durante todos esses anos não faltaram recursos públicos, mas preferiram investir em políticas de transferência de riquezas aumentando impostos, esquecendo dos miseráveis e cuidando do bem-estar da classe que vive à custa do Estado. Políticos, com algumas exceções, gostam de analfabetos pois não temos visto projetos de lei viáveis, verbas orçamentárias robustas, discursos nas tribunas e defesa de programas efetivos para a erradicação do analfabetismo. Mas em algum momento surgirá um partido, um governo ou um congresso com sensibilidade que vai eleger a erradicação do analfabetismo como uma de suas principais prioridades.
Ponto de Vista: De fato isso já era para ter acabado ou diminuído muito mas os políticos só pensam neles. Outra coisa (não citada), no DF, assim como em muitos Estados, há o "analfabeto político"; há uma "firma" que entre os que ainda trabalham e os aposentados, o total chega a aproximadamente 24 mil servidores (fora a multiplicação) dos quais, na hora do voto, sempre votam errado ou não votam ou votam em outras pessoas de outras classes e o pior, muitos sequer entendem de política, e a sua classe só na pindaíba; vivem de migalhas dadas pelo governo e quando evoluem muito, é um passo para frente e dois para trás e assim, continuarão por muito tempo como "analfabetos políticos" alimentados pela LETARGIA.
Drykarretada!