O Ministério da Saúde aprovou o uso no Sistema Único de Saúde (SUS) do primeiro remédio oral para casos leves a moderados de covid-19. O Paxlovid, composto pelos antivirais nirmatrelvir e ritonavir, fabricado pela farmacêutica Pfizer, tem o objetivo de prevenir internações, complicações e mortes. Em 30 de março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso emergencial do Paxlovid. Depois da publicação da incorporação no Diário Oficial da União, na sexta-feira 6, o ministério tem 180 dias para disponibilizar o tratamento na rede pública. Com potencial para redução da evolução da doença para quadros graves, o medicamento será ofertado para pacientes adultos imunocomprometidos ou com idade igual ou superior a 65 anos. O tratamento só poderá ser utilizado em caso de teste positivo para doença e em até cinco dias após início dos sintomas. O Paxlovid se mostrou capaz de reduzir em até 89% o risco de hospitalização e morte nos grupos de risco. Segundo o Ministério da Saúde, o nirmatrelvir é uma molécula que inibe uma enzima importante do coronavírus, impedindo que ele se prolifere. Já o ritonavir inibe outra enzima que degrada o nirmatrelvir. Pela decisão tomada pela pasta, também será feita uma reavaliação em até 12 meses sobre o uso do remédio. Em abril, o Ministério da Saúde incorporou o medicamento baricitinibe para casos graves da covid-19. Ele também foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde e já tinha registro no Brasil para o tratamento de artrite reumatoide e dermatite atópica.
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