Se já não bastasse a bestialidade do governo da Rússia contra o povo ucraniano, que há mais de um mês vai destruindo um país inteiro, matando sua população, bombardeando com tanques e mísseis centenas e, quiçá, milhares de casas residenciais e edificações, e a tudo arruinando e destroçando – cenas que entram em nossas casas, penetram e se fixam em nossos olhos, em nossos pensamentos, tocam nossos sentimentos e a todos deprimem —, nós, brasileiros, assistimos também as cenas de mediocridade e de incivilidade que protagonizam um ministro da Suprema Corte da Justiça e um deputado federal. Todos são medíocres. Todos são incivilizados. Todos são brutais. Faltam-lhes cultura, sabedoria e razão. Todos são tolos. Não pode haver felicidade, saúde e prosperidade, pessoal e coletiva, sob o império do ódio e do enfrentamento. Muito menos, a paz. PODEROSAMENTE MALIGNOS – Ainda ontem era a pandemia. Agora temos a guerra e o confronto entre agentes públicos de dois Poderes da República. O cenário da guerra e o noticiário deste conflito intestino – tão maldito quanto horripilante – que o povo brasileiro acompanha pela televisão, são poderosamente malignos. Afetam a saúde de cada um de nós. Tiram o sono. Deprimem. Fazem gerar mais violência. É desesperadora esta quadra, esta época da história do mundo e do nosso Brasil. E a falta de perspectiva de solução é angustiante. Vivemos no inferno. Todos nós, os degredados filhos de Eva. Vivemos gemendo e chorando neste vale de lágrimas. É o desterro, como brada a conhecida Oração dos católicos.
Drykarretada!