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Pau na moleira! Major acusado por vereador de tentativa de suborno já foi condenado por sessão de tortura.

É corrupto? Pau na moleira!

Publicada em 11/03/2022 às 08:53h - 300 visualizações

Drika Arretada - A Notícia como deve ser/Rafael Soares


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Ali promotora.

Pau na moleira! Major acusado por vereador de tentativa de suborno já foi condenado por sessão de tortura.
 (Foto: Desconhecido! )

 O major Djalma dos Santos Araújo, acusado pelo vereador Gabriel Monteiro (PSD) de tentativa de suborno, já foi preso e condenado pelo crime de tortura, acabou expulso da PM e conseguiu, na Justiça, ser reintegrado à corporação. De volta à ativa, o oficial faz valer seu bom trânsito entre políticos para ser agraciado com nomeações em cargos de confiança no governo do Estado. Desde outubro do ano passado, o PM conciliava o cargo de subcoordenador de logística da Operação Lei Seca, órgão da Secretaria de Estado de Governo, com a atividade empresarial no ramo automotivo: o PM também é sócio de uma loja de autopeças em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. Antes, Araújo ocupou, por sete meses, o cargo de assessor no Centro de Tecnologia de Informação e Comunicação do estado (Proderj). Na madrugada da última quarta-feira, Araújo acompanhou o empresário Jailson dos Santos Salazar, dono da J.S. Salazar, numa reunião na casa do parlamentar, na Barra da Tijuca. Na ocasião, segundo o vereador declarou à polícia, Monteiro teria recebido uma oferta de suborno por Salazar, para que não fossem feitas denúncias quanto à atuação de sua empresa, responsável pela administração dos pátios e reboques da Prefeitura do Rio. Antes da reunião na casa do parlamentar, Monteiro havia ido até um dos pátios e filmou veículos que tiveram peças, como baterias e estepes, retirados. Além de Araújo, também acompanhavam o empresário o tenente Renan Bastos de Brito, coordenador do programa Segurança Presente em Magé, também na Baixada Fluminense, e o cabo Jonatas Olímpio Norberto, que trabalhava com Araújo na Operação Lei Seca. Após o vereador dar voz de prisão ao empresário, todos foram levados à delegacia. No entanto, somente Salazar foi autuado em flagrante. A Corregedoria da PM investiga a conduta dos PMs no episódio, que foram exonerados de suas funções. Carreira na PM - Em 16 de fevereiro de 2004, o então tenente Djalma Araújo entrou, com outros cinco policiais, na casa de Nélis Nelson dos Santos, de 31 anos, no Morro da Coroa, na região central do Rio, em busca de armas e drogas. Segundo o processo judicial a que os agentes responderam, Nelson foi algemado, sufocado com um saco plástico, levou choques, teve dedos, mamilos e lábios apertados com um alicate e, por fim, foi empalado (técnica de tortuna na qual uma estaca é atravessada no corpo da vítima). No dia do crime, Nélis chegou ao Hospital Miguel Couto urinando sangue. Os médicos tiveram que reconstituir sua bexiga e seu canal retal. O laudo de exame de corpo de delito detectou lesões no pescoço, no antebraço e na região mamária, acusando asfixia e tortura. No depoimento que prestou sobre o caso à Justiça, a vítima narrou os momentos de terror que viveu: apontou o policial que “enfiou o cabo de vassoura em seu ânus” e disse que “teve um saco plástico colocado em seu rosto, enquanto apertavam o seu gogó, que pegaram o fio da televisão e deram choques no rosto e nas nádegas”. Parentes da vítima viram Araújo na casa naquele dia e reconheceram o policial. Dois anos após a acusação, todos os cinco agentes acusados do crime foram condenados a cinco anos de prisão. Durante o período em que ficou preso no Batalhão Especial Prisional (BEP) da PM, o oficial foi alvo de outra acusação. Em janeiro de 2005, Araújo foi escoltado da unidade prisional da corporação até o (atualmente extinto) 1º BPM, no Centro do Rio. Ele prestaria depoimento numa sessão do processo administrativo aberto pela PM para investigar sua conduta no episódio que culminou com sua condenação pelo crime de tortura. Após o fim da audiência, às 16h30, o agente responsável pela escolta "teria se descuidado da segurança devida", e Araújo acabou só retornando ao BEP depois da meia-noite. Nesse período, Araújo "tomou destino ignorado", segundo a investigação interna da PM sobre o caso. A condenação pelo crime de tortura, entretanto, acabou levando Araújo a ser expulso da corporação. Em dezembro de 2005, a Secretaria de Segurança encaminhou ao Tribunal de Justiça (TJ) — órgão responsável pela decisão final do processo — um parecer recomendando a demissão do oficial e, quatro anos depois, desembargadores da Seção Criminal do TJ decidiram que Djalma era “indigno ao oficialato”. Araújo recorreu e perdeu todos os recursos possíveis até 2014, quando não havia mais instâncias superiores a que apelar. Em 2015, sua demissão foi assinada pelo então governador Luiz Fernando Pezão. Araújo, entretanto, não desistiu de voltar à PM: logo após a demissão, ele entrou com um mandado de segurança contra o Estado, argumentando que o processo administrativo que culminou com sua expulsão durou mais tempo do que o permitido por lei — que determina que o processo pode levar, no máximo, seis anos. Ele argumentou que o seu havia durado dez, da instauração até a decisão final. Em maio de 2016, os desembargadores do Órgão Especial do TJ, por unanimidade, determinaram que Araújo fosse reintegrado. Após sua reintegração, em novembro de 2016, ele postou numa de suas redes sociais, uma foto fardado e segurando um fuzil. “Tem horas que bate uma saudade”, escreveu. Bem-humorado, o oficial também brinca sobre sua exclusão dos quadros da polícia. Em agosto de 2017, um amigo comentou numa postagem feita por Djalma de um vídeo em que ele treinava tiros num estande da PM. “Pede pra sair 01”, brincou o amigo. “Já saí uma vez. Agora, tô voltando”, respondeu Djalma. Após retornar à PM, o oficial também recorreu à Justiça para ser promovido e, em um ano, passou de tenente à major. Na noite do Réveillon de 2019, pouco depois de ser promovido ao posto que ocupa atualmente, Araújo recebeu voz de prisão por ter se recusado a trabalhar na noite da virada, em Copacabana. Segundo sua ficha na corporação, ele "não assumiria um serviço que, segundo ele, seria destinado ao posto de capitão".

Drykarretada!




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