Enquanto as forças de segurança e o governo do estado não se acertam sobre o percentual do reajuste nos salários, os reflexos dessa queda de braço já começam a impactar na vida do cidadão mineiro, que tem sido prejudicado por conta da paralisação dos serviços. Por determinação dos sindicatos, muitos pontos de atendimento das polícias Civil e Militar têm mantido uma escala mínima de 30%. Em outros serviços, a ordem é seguir a determinação de “estrita legalidade”, medida que, na prática, impõe burocracias que impedem a realização do trabalho das corporações. Advogados denunciam que, nas penitenciárias mineiras, não têm conseguido prestar a assessoria jurídica aos detentos por conta de restrições impostas pela Polícia Penal, que participa da greve. Em um caso relatado pela advogada criminalista Luiza Silvia Melo, ela afirma ter sido impedida de comunicar o falecimento do esposo de uma detenta que está presa na Penitenciária Pio Carneiro, no município de Pará de Minas, região Central do Estado(...)
“Estrita legalidade”. Nas delegacias e batalhões de polícia, a ordem de “estrita legalidade”, orientada pelos sindicatos, tem sido seguida à risca. “Um policial não é obrigado a entrar em viatura com pneu careca. O plantão não pode ser feito por um único agente, e por aí vai. São coisas que obedecemos, mesmo que ao pé da letra”, afirmou fonte da polícia ouvida pela reportagem sob anonimato. “Parece contraditório, mas é basicamente trabalhar somente conforme determina a legislação”, acrescentou(...)
PM realiza ‘greve branca’. Nas delegacias especializadas de investigação, os policiais relatam que o ritmo de trabalho tem sido mantido, apesar da greve. Já nos atendimentos de plantão, a demanda depende do trabalho da Polícia Militar, também orientada a fazer a chamada “greve branca”. Militares foram orientados a não usar telefones particulares para se comunicar durante o expediente nem coletes à prova de balas com prazo de validade vencidos – o que impede a saída dos quartéis e o atendimento de ocorrências.
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