A estratégia de dar um depoimento físico na investigação sobre interferência na PF é para não criar uma nova jurisprudência sobre os depoimentos. Então é importante saber que essa medida não é um recuo, mas uma movimentação tática. Imagine em ano eleitoral o presidente ser obrigado a prestar depoimento em qualquer investigação que ele for mencionado, e o desgaste midiático que seria abissal, visto a quantidade de manchetes que se produziriam com as idas e vindas a Polícia Federal, como se ele fosse investigado por corrupção. Com isso, Bolsonaro faz o objeto da ação do MP cair, e passa um recado de idoneidade. Um balde de água fria, para quem queria mais desgaste entre governo e Supremo, depois do último acordo, pois para a oposição e a mídia em geral, não haver tensão entre os ministros e o presidente é mau negócio. A ordem é sangrar o cara politicamente até 2022, já que em 2018, o primeiro plano de "sangrar" literalmente falhou.
Drykarretada!