O garimpo ilegal de ouro nos rios da Amazônia está atraindo estrangeiros suspeitos de ligação com uma dissidência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). A informação foi revelada pela BBC News Brasil e confirmada pela Polícia Federal (PF), na segunda-feira 4. As investigações apontam que os dissidentes estão extorquindo garimpeiros que atuam de forma clandestina nos rios Purué e Joamim com a cobrança de “pedágio”. Segundo a PF no Amazonas, há suspeitas de que o ouro extraído ilegalmente no Brasil esteja sendo usado para financiar as atividades dos dissidentes na Colômbia. As Farc eram um dos grupos armados que, por quase 50 anos, estiveram em conflito com o governo colombiano. Em 2016, firmaram um cessar-fogo que previa o desarmamento da organização. Contudo, parte dos criminosos decidiu não aderir ao acordo. São esses dissidentes que as autoridades brasileiras acreditam que estejam atuando na região amazônica. Em agosto, a PF e o Exército realizaram uma operação no município de Japurá (AM), a 745 quilômetros de Manaus. Dois colombianos foram presos. A embaixada da Colômbia no Brasil informou que as autoridades dos dois países estão intensificando as ações de cooperação na região para desarticular as atividades de organizações criminosas.
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